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Maceió, Alagoas, Brazil
Casado,esposa SUELI Tenho 3 maravilhosos filhos. Sirvo ao Senhor, como Presbitero, na Igreja Evangélica Assembléia de Deus em LUCILA TOLEDO, Maceió Alagoas.

sábado, 14 de dezembro de 2013

UM GENUÍNO AVIVAMENTO PESSOAL
O Caminho Cristão traz um texto excelente pelo teólogo Richard Baxter, confira..




Eu não sei o que os outros pensam, mas da minha parte, me envergonho de minha ignorância, e me admiro de mim mesmo, porque não tenho tratado as almas dos outros e da minha como almas que esperam o grande dia do Senhor; e porque tenho espaço para quase qualquer outros pensamentos e palavras; e porque tais assuntos assombrosos não tomam completamente minha mente. Admiro-me de como posso pregar sobre isto desapaixonadamente e descuidadamente; e como posso deixar os homens sozinhos em seus pecados; e como não vou atrás deles, rogando-lhes, pelo amor do Senhor, que se arrependam, não importa a forma que recebam a mensagem, e qual seja a pena e dor que custem a mim.Muito poucas vezes saio do púlpito sem que minha consciência me golpeie por não ter sido mais fervoroso e sério. Ela não me acusa tanto pela falta de ornamentos e elegância, nem por deixar passar uma palavra errada; mas me pergunta “Como você pode falar de vida e da morte com um coração assim? Como pode pregar sobre o céu e o inferno de uma forma tão relaxada e descuidada? Crê no que disse? Leva a sério ou embroma? Como pode dizer às pessoas que o pecado é algo assim, e que tanta miséria está sobre elas e diante delas, e não ser mais afetado com isto? Você não deveria chorar sobre pessoas assim, e não deveriam tuas lágrimas interromper suas palavras? Você não deveria clamar em alta voz, e mostrar a eles suas transgressões, e implorar a eles e rogá-los como uma questão de vida e morte?E, por mim mesmo, como estou envergonhado do meu coração descuidado e torpe, e do meu modo de vida inútil e lento, assim como, o Senhor sabe, estou envergonhado de cada sermão que tenho pregado; quando penso sobre o que estou falando, e quem me enviou, e que a condenação e salvação dos homens é completamente relacionada nEle, estou preste a tremer por temor de que Deus me julgará como um mau administrador de Suas verdades e das almas dos homens, e imagino que no meu melhor sermão eu seja culpado pelo sangue deles. Penso que não devemos falar qualquer palavra aos homens, em assuntos de tamanhas conseqüências, sem lágrimas ou com a maior seriedade que possamos alcançar; já que somos tão culpados do pecado que reprovamos, deveria ser dessa forma.Verdadeiramente, este é o tinir da consciência que soa em meus ouvidos, e apesar disso, minha alma sonolenta não quer ser despertada. Oh! Que coisa é um coração endurecido e insensível. Oh, Senhor, salva-nos da praga da infidelidade e da dureza de coração de nós mesmos! Como poderíamos ser instrumentos aptos para salvar os outros do erro? Oh, faz em nossas almas aquilo que Tu nos usaria para fazer nas almas dos outros.
Que possamos nos consumir do verdadeiro significado de avivamento em Deus e pelo Espírito da Graça em Cristo.


 FONTE: caminhocristao

sábado, 7 de dezembro de 2013

ÉTICA, VOCÊ SABE O QUE É?

* Ética são códigos de conduta para o bom relacionamento entre as pessoas dentro dos grupos, variam de grupo para grupo, existem ética empresarial, ética política, etc. Também existe a ética cristã. São códigos que se forem quebrados podem danificar os relacionamentos, prejudicar a imagem da instituição e até trazer escândalos ao Corpo de Cristo, convém estar atento a alguns procedimentos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

História_dia_Bíblia

História_dia_Bíblia


Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Conversão


Conversão é a mudança voluntária na mente do pecador, na qual, por um lado, ele dá as costas para o pecado, por outro, se volta para Cristo. Aquele elemento negativo na conversão, a saber, voltar as costas para o pecado, denomina-se arrependimento. Este elemento positivo na conversão, isto é, o encaminhamento para Cristo, chamamos fé.

Os dois elementos da conversão parecem estar na mente de Paulo quando ele escreve em Rm. 6.11 - “considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”; Cl. 3.3 - “estais mortos e a vossa vida esta escondida com Cristo em Deus”. Cf. αποστρεφω, em At. 3.26 — “e vos desviasse cada um, das vossas iniquidades”, com
πιστρέφω em At. 11.21 - creu e se converteu ao Senhor.

a) A convers
ão é o lado humano ou aspecto da mudança fundamental que, vista do lado divino, chamamos regeneração. É simplesmente a volta do homem. As Escrituras reconhecem a atividade voluntária da alma humana nesta mudança tão distintamente como reconhecem a atuação causativa de Deus. Enquanto Deus torna os homens para si mesmo (Sl. 85.4; Ct 1.4: Jr. 31.18; Lm 5.21), estes são exortados a que se voltem para Deus (Pv 1.23: Is. 31.6; 59.20; Ez. 14.6; 18.32; 33.9, 11; Jl. 2.12-14). Enquanto Deus é representado como o autor do novo coração e do novo espírito (Sl. 51.10; Ez. 11.19: 36.26), manda-se aos homens que façam para si um novo coração e um novo espírito (Ez. 18.31; 2 Co. 7.1; cf Fp. 2.12,13; Ef. 5.14).

Sl. 85.4 – “Torna-nos a trazer, o Deus da nossa salvação”; Ct 1.4 - “Leva-me tu, correremos após ti”; Jr. 31.18 - “converte-me e converter-me-ei"; Lm. 5.21 - “Converte-nos, Senhor a ti, e nós nos converteremos”. Pv. 1.23 - “Convertei-vos pela minha repreensão: eis que abundantemente derramarei sobre vos o meu espírito”; Is. 31.6 - “Convertei-vos, pois, aquele contra quem os filhos de Israel se rebelaram”; 59.20 - “E vira um Redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó”; Ez. 14.6 - “Convertei-vos e deixai os vossos ídolos”; 18.32 - “convertei-vos, pois, e vivei”; 33.9 - “quando tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade”; 11- “convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, o casa de Israel”? Jl. 2.12-14 - “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração”. Sl. 51.10 - “Cria em mim, o Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”; Ez. 11.19 - “E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne”; 36.26 - “E vos darei um coração novo e porei dentro de vos um espírito novo” .

Ez. 18.31 - “Lançai de vos todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis o casa de Israel?” 2 Co. 7.1 - “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”; cf. Fp. 2.12,13 - “operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade"; Ef. 5 .1 4 - “Desperta, o tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecera”.

Quando interrogado sobre o caminho para o céu, o Bispo Wilberforce respondeu:

“Entre na primeira à direita e siga em frente reto”. A conversão de Phillips Brooks e descrita pelo Prof. Allen, Life, 1.266, como consistindo em resolver “ser verdadeiro para consigo mesmo, não renunciar coisa alguma que ele sabia ser boa e ainda sujeitar todas as coisas a obediência a Deus segundo o exemplo de Cristo: ‘Eis que venho... para fazer, o Deus, a tua vontade’ (Hb. 10.7)”.

b) O duplo método de representação só pode ser explicado quando lembramos que as forças do homem podem ser impetradas e despertadas pelas forcas divinas, não só sem destruir a liberdade do homem, mas resultando, pela primeira vez a verdadeira liberdade. Porque a relação entre a atividade divina e humana não é de sucessão cronológica, o homem nunca espera a operação de Deus. Se ele nunca for um regenerado deve sê-lo em um movimento de sua própria vontade e através da vontade em que ele se volta para Deus sem constrangimento e com tão pouca consciência da operação de Deus nele como se nenhuma operação de Deus estivesse envolvida na mudança. Enquanto pregamos, estamos imprimindo no homem as reivindicações de Deus e os deveres de imediata submissão a Cristo, na certeza de que os que agem assim reconhecerão subsequentemente a nova e santa atividade da sua própria vontade devida a uma operação da forca divina neles.

Sl. 110.3 - “O teu povo se apresentara voluntariamente no dia do teu poder”. O ato de Deus e acompanhado por uma atividade do homem. Dorner: “O ato de Deus inicia a ação”. Na verdade, há uma mudança original dos gostos e dos sentimentos do homem e neste homem ela e passiva. Mas este é apenas o primeiro aspecto da regeneração. No segundo - o aparecimento das forças do homem - a ação de Deus se faz acompanhar da atividade do homem e a regeneração e apenas o outro lado da moeda da conversão. Palavra de Lutero: “Na conversão, o homem é puramente passivo”, o que é verdade sobre a primeira parte da mudança; e aqui, para Lutero, “conversão” significa “regeneração”. Melanchton se expressa melhor: “Non est enim coactio, ut voluntas non possit repugnare: trahit Deus, sed volentem trahit” .

Ver Meyer sobre Rm. 8.14 - “guiados pelo Espirito de Deus” : Diz Meyer:

“A expressão e passiva, apesar de que sem preconceito para com a vontade humana, como prova o verso 13: ‘se pelo espirito mortificardes as obras do corpo’”.

Como por um princípio bem conhecido da hidrostática, a água contida num tubo pequeno pode balançar a de um oceano inteiro, do mesmo modo a vontade do homem pode balançar a graça de Deus. Como a luz solar sobre a areia nada produz a não ser que o homem lance a semente e como uma brisa não propulsiona uma embarcação se o homem não abrir as velas, do mesmo modo, as influências do Espírito de Deus requerem a atuação humana que opera através delas. O Espírito Santo e soberano; ele sopra onde ouve. Apesar de haver condições humanas uniformes, não haverá resultados espirituais uniformes. Frequentemente, os resultados independem das condições humanas como tais. Esta é a verdade a que Andrew Fuller deu ênfase. Mas isto não nos impede de dizer que, sempre que o Espírito de Deus opera na regeneração segue-se uma mudança voluntária no homem a qual chamamos conversão e que tal mudança é livre e é de tal modo a real operação do homem como se não houvesse influencia divina sobre ele.

Jesus disse ao homem que tinha a mão ressequida que a estendesse; cabia ao homem estendê-la e não aguardar que Deus o fizesse. Jesus disse ao paralítico que tomasse a sua cama e andasse. Cabia ao homem obedecer a ordem, não orar pedindo a Deus poder para obedecer. Depender totalmente de Deus? Sim, como se depende totalmente do vento quando se veleja, mas é preciso adequar as velas. “Operai a vossa salvação” e a primeira exortação dos apóstolos; a seguir vem: “porque é Deus quem opera em vos” (Fp. 2.12,13); isto significa que a nossa primeira preocupação o empregar a nossa vontade em obediência; depois descobriremos que Deus nos antecedeu, preparando-nos para obedecermos.

Mt. 11.12 — “faz-se violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele” . A conversão e como a invasão de um reino. Os homens não devem aguardar o tempo de Deus, mas agir de uma vez. Não se requer que se façam exercícios físicos, mas veemente fervor da alma. Wendt, Teaching of Jesus, 2.49-56 - “Não a injustiça e a violência, mas a enérgica defesa do bem aos que não podem reivindicar. Não adianta esperar ociosamente ou buscar laboriosamente apossar-se dele; mas e bom sujeitar-se e retê-lo. É uma dádiva de Deus aos homens, mas os homens dirigem os seus desejos e vontades para o Reino... . O homem que veste as roupagens nupciais não aufere a sua parte na festa, contudo, mostra sua disposição sem que lhe seja permitido participar dela”.

James , Varieties of Religious Experience, 12 - “Os dois principais fenômenos da religião, dirão eles, são essencialmente os da adolescência e, por isso sincrônicos ao desenvolvimento da vida sexual. A resposta a isto e fácil: mesmo que se afirmasse uma sincronia verdadeiramente irrestrita como um fato (o que não ocorre), o que desperta com a adolescência não e apenas a vida sexual, mas a mental mais elevada. Então, pode-se estabelecer muito bem a tese de que o interesse pela mecânica, pela física, pela química, pela logica, peia fisiologia e pela sociologia, que brota durante os anos da adolescência juntamente com a poesia e a religião, e também uma perversão do instinto sexual, o que seria um absurdo. Contudo, se o argumento da sincronia for decisivo, o que fazer com o fato de que a idade religiosa por excelência parece ser a avançada quando a maior intensidade da vida sexual já passou?”

c) Porque a palavra ‘conversão’ significa simplesmente ‘volta’, cada vez que o cristão se volta do pecado, após a primeira vez, pode, em sentido subordinado, denominar-se conversão (Lc. 22.32). Porque a regeneração não e completa santificação e a mudança de disposição diretiva não e idêntica a purificação completa da natureza, tais voltas subsequentes do pecado são consequências necessárias e evidencias da primeira (cf Jo. 13.10). Mas elas não implicam, como a primeira, uma mudança na disposição diretiva; ao invés disso são manifestações de uma disposição já mudada. Como consequência, a conversão propriamente dita, como a regeneração, que e o outro lado da moeda, pode ocorrer apenas uma vez. A expressão ‘segunda conversão’, mesmo que não implique falso conceito radical da natureza da conversão, e enganosa. Preferimos, portanto, descrever estas experiências subsequentes, não com o termo ‘conversão’, mas com expressões tais como ‘afastamento, abandono, volta, desprezo, ou transgressão’ e ‘volta para Cristo, renovação da confiança nele’.

E com arrependimento e fé, como elementos da primeira e radical mudança pela qual a alma entra num estado de salvação, que agimos assim. Lc. 22.31,32 - “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos”; Jo. 13.10 - “Aquele que esta lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo esta limpo” . Note que Jesus anuncia aqui a necessidade de uma única regeneração; o que se segue não e a conversão, mas a santificação. Spurgeon dizia que cria na regeneração, mas não na nova regeneração. Segunda benção? Sim, e uma quadragésima segunda. Os estágios da vida crista são como o gelo, a água no estado liquido, o invisível vapor, sucessivos e naturais resultados do crescimento da temperatura, aparentemente diferentes um do outro, apesar de que todos formam um mesmo elemento.

Na relação entre os agentes divino e humano, citamos um ponto de vista diferente da parte de um outro escritor: “Deus decreta empregar os meios que, em cada caso, são suficientes e que, em certos casos, se prevê serem eficazes. A ação humana converte um meio suficiente em eficaz. O resultado nem sempre concorda com os variados empregos dos meios. A forca e toda de Deus. O homem só tem o poder de resistir. Ha uma influência universal do Espírito, mas as influencias do Espirito variam nos diferentes casos, quanto as oportunidades exteriores. O amor a santidade esta entorpecido, mas ainda hesita. O Espirito Santo o desperta. Quando este amor esta totalmente perdido, vem o pecado contra o Espirito Santo. Antes da regeneração aparece o desejo da santidade, apreensão da sua beleza, mas este e subjugado por um maior amor pelo pecado. Se o homem não se torna rapidamente pior, não e por causa da sua própria ação positiva, mas só porque ele não resiste como poderia. ‘Eis que estou a porta e bato’. A princípio Deus conduz através de uma influência resistíveis. Quando o homem se sujeita, Deus dirige através de uma influencia irresistível. A segunda influência do Espírito Santo confirma a escolha do cristão. Esta segunda influência se chama ‘selo’. Não e necessário um intervalo de tempo entre os dois. A graça proveniente vem em primeiro lugar; a conversão vem depois”.

A este ponto de vista, respondemos que um amor parcial em favor da santidade e a capacidade de escolhê-lo antes das obras de Deus de um modo eficaz sobre o coração, parece contradizer os textos bíblicos que afirmam que “a inclinação da carne e inimizade contra Deus” (Rm. 8.7) e que todas as boas obras resultam da nova criação de Deus (Ef. 2.10). A conversão não precede a regeneração; cronologicamente acompanha-a apesar de que logicamente segue-a


fonte: bíblioteca bíblica


Inferno — Significado Bíblico

Inferno — Significado Bíblico

Qual o significado bíblico de “inferno”? Na Bíblia, INFERNO é o castigo retributivo final de Deus. As Escrituras desenvolve progressivamente esse destino dos ímpios: o Antigo Testamento descreve o quadro, enquanto o Novo Testamento elabora sobre ele. Jesus Cristo, porém, é mais responsável por definir o inferno.

1. O Antigo Testamento.

No Antigo Testamento, Seol denota a morada dos mortos; as almas conscientes enfrentam uma existência sombria nesta “terra do esquecimento” (Jó 10:21, Salmo 88:12; Eclesiastes 9:10; Isa 14:10). Uma vez que a morte não é uma ocorrência natural, mas relacionada às questões da Queda, o Antigo Testamento espera confiante na demonstração de Deus de seu senhorio sobre a sepultura, levantando os justos para a vida (Gn 2-3; Salmo 16:10; 49:15; Isa 25: 8; Oséias 13:14). Enquanto a realeza de Deus também tem implicações para os ímpios, aqui o Antigo Testamento é mais reservado. O Antigo Testamento raramente sugere uma ressurreiçãocorporal para os ímpios (Dan 12:2), um julgamento final e retribuição de más obras (Salmo 21:10; 140:10; Mal 4:1-2). No entanto, o destino desprezível e horrível dos ímpios, irremediavelmente isolado do justo, é claro (Salmo 09:17; 34:15-16).

2. O período intertestamentário.

literatura intertestamental construiu cenários divergentes para os ímpios mortos, incluindo a aniquilação (4 Esdras 7:61; 2 Apoc 82:3 ss Bar; 1. Enoch 48:9; 99:12;. 1QS iv 11-14) e tormento sem fim (Jub 36:11; 1 Enoque 27:1-3; 103:8; T Gad 7:5). O Sheolfreqüentemente se tornou um local provisório para os mortos, distinto do lugar de punição final (1 Enoque 18:9-16; 51:1). Essa punição final foi geralmente localizado em um vale ao sul de Jerusalém, conhecido em hebraico como Gen Hinom ou o Vale de Hinom (2 Apoc 59:10 Bar, 4 Esdras 7:36), e em grego como gehenna [gevenna] (2 Esd 2:29). Este vale tem uma longa história como um lugar de infâmia. Notorious pelos sacrifícios de crianças oferecidos a Moloque durante os reinados de Acaz e Manassés (2 Reis 16:3, 2 Crônicas 28:3; 33:6, Jr 7:31-34; 19:6), este vale foi ainda mais profanados quando Josias usou como lixão de Jerusalém (2 Reis 23:10) e foi profetizado como o lugar do juízo futuro de Deus (Is 30:33; 66:24, Jr 7:31-32). Enquanto alguns escritos intertestamental igualam o inferno com o “lago de fogo” neste “vale maldito” de Hinom (1 Enoque 90:26, 27; 54:1, 2), outros usam para designar um lugar no submundo (Sib Ou 4:1184-86).

Além disso, os cenários respectivos para os ímpios, se aniquilação ou o tormento eterno, moldavam as imagens de julgamento de Deus. Por exemplo, às vezes o fogo consome os ímpios (1 Enoque 99:12); em outros textos fogo e vermes atormentavam a vítima a uma existência inútil (Judite 16:17).

3. O Novo Testamento.

No Novo Testamento o inferno é o lugar onde o réprobo existe após a ressurreição do Hades e o julgamento final. Neste lago de fogo Deus castiga os ímpios, junto com Satanás e seus sequazes (Mt 25:41), pondo fim a formas livres do mal.


Gehenna [gevenna] é o termo padrão para o inferno no Novo Testamento. Frases relacionadas incluem “castigo do fogo eterno” (Judas 7), “lago de fogo” (Ap 19:29; 20:14-15). “Juízo”, e versões em Inglês, ocasionalmente, traduzir hades (esp. Lucas 16:23) e tartaroo (2 Pe 2:4) como o inferno. No entanto, estes termos aparecem para designar o estado intermediário, e não o destino final dos ímpios.

Jesus diz mais sobre o inferno do que qualquer outra figura bíblica. Suas advertências do julgamento escatológico são generosamente coloridas com as imagens do inferno (Mt 5:22; 7:19; 8:12;. Lucas 13:28-30 par; Matt 10:15, 28; 11:22, 24; 18:8-9;. par Mark 9:43-49; Lucas 17.26-29, João 15:6). Ele retrata esse julgamento futuro através de fotos da destruição de Sodoma (Lucas 17:29-30): fogo, fogo e enxofre, e uma fornalha ardente (Gen 19:24-25). Estas imagens do julgamento de Deus estavam bem estabelecidos no Antigo Testamento e literatura intertestamental. Representações importantes do inferno também estão presentes nas parábolas de Jesus, incluindo o joio (Mt 13:40-42), o líquido (Matt 13:50), a grande ceia (Mt 22:13), o servo bom e do servo mau (Mt 24:51;. Lucas 12:46-47 par), os talentos (Mateus 25:30), e do juízo final (Mt 25:46). Aqui “choro e ranger de dentes” (Mt 13:50; 24:51; 25:30) e “trevas” (Mt 22:13; 25:30) são a chave de frases descritivas.

A concepção do Novo Testamento sobre o Inferno não passa além das palavras de Jesus. As seguintes características mostram os traços essenciais:

1. Os pecadores ocuparão o inferno. Enquanto Deus nos criou para uma relação amorosa com ele, na Queda a humanidade se rebelou. O juízo de Deus cai sobre todos os pecadores, a menos que tenham fé em Jesus. Depois do estado provisório de Hades e o julgamento final, a ira de Deus culmina no inferno. De acordo com o Novo Testamento, os objetos da ira de Deus está sobre a hipócritas (Matt 23:33) e aqueles que falham em ajudar os pobres (Mt 25:31-46, Lucas 16:19-31) ao vil e assassinos (Rev 21:8).

Alguns argumentam que apenas um repúdio explícito de Jesus atrai a ira eterna de Deus, fazendo referência lu 12:8-9. No entanto, Jesus diz: “o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10). Em outras palavras, ele veio oferecer a graça de um mundo que foi “condenado já” (João 3:17-18). Uma vez que o inferno não é um dispositivo elétrico natural da criação, mas resulta da Queda e é o destino dos maus, o Novo Testamento, ocasionalmente, personifica o inferno como as forças demoníacas por trás dopecado. A língua é em si pecaminosa e é “incendiada pelo inferno” (Tiago 3:6). Da mesma forma, Jesus rotula os fariseus de “filhos do inferno”, identificando a raiz da sua hipocrisia (Mt 23:15).

2. O inferno existe para a recompensa e retribuição de más ações. O inferno é o lugar do julgamento final de Deus. Aqui, Deus, nosso Rei e Juiz Supremo, finalmente corrige injustiças através de sua ira retributiva. Aqui os condenados serão pagos de volta para o mal que fizeram (Mt 16:27, Lucas 12:47-48; 2 Pedro 2:13, Judas 15 Apocalipse 14:9-11). Ira não é a conseqüência natural das escolhas mal em um universo moral ou má compreensão do pecador do amor de Deus. Em vez disso, como o uso de Paulo mostra, a ira é uma emoção ou sentimento na Divindade, e, portanto, a ação pessoal de Deus (Rm 1:18-32). Extrinsecamente por impor condições penais sobre o pecador, Deus corrige erros e restabelece seu governo justo (Mt 25,31-46; Rom 0:19; 1 Cor 15:24-25; 2 Col 5:10).

3. O inferno é um lugar final da escravidão e do isolamento dos justos. Após a ressurreição e o julgamento final, o Hades e até mesmo os maus são lançados no inferno. O Novo Testamento descreve o inferno como um lugar: um forno (Matt 13:42,50), um lago de fogo (Ap 19:20, 20:14-15; 21:8), e uma prisão (Ap 20:7) . Os ímpios estão presos aqui para que eles não possam prejudicar o povo de Deus (Mt 5:25-26; 13:42, 50; 18:34; Judas 6 Rev 20:14-15).

Enquanto a parábola de Lázaro e o homem rico ocorre no Hades, o estado intermediário, e não Gehenna, ele faz prenunciar o último. Jesus diz que um abismo intransponível espacial separa esses dois para que ninguém possa “cruzar de lá” (Lucas 16:26). A visão deJoão em Apocalipse 21 da nova cidade em uma montanha alta confirma essa separação entre os abençoados e os condenados após o dia do juízo. Conseqüentemente, a Escritura não fornece nenhuma garantia para essas imagens do júbilo dos justos na tortura dos condenados. A profecia de Isaías 66:24, que tem sido tão usada, não se refere a este acontecimento escatológico, pois a ressurreição do corpo não ocorreu.

4. Os pecadores sofrem penalidades no inferno. Jesus acentua repetidamente o horror do inferno: “se o teu olho te faz tropeçar, arranca-o... É melhor entrar na vida com um só olho do que ser jogado no fogo do inferno” (Mt 18:9). Enquanto a Escritura permanece reticente sobre o específico tormento para o impenitente, certas dimensões são claras.


No juízo final, Deus vai declarar: “Eu não te conheço ... Afasta de mim, vós que sois malditos, para o fogo eterno” (Mt 25:12,41). Os ímpios no inferno são excluídos da presença amorosa de Deus e a “vida” para que os seres humanos como foi originalmente criado (João 5:29). Os condenados são “jogados fora, nas trevas” (Mt 8:12; 22:13). Consequentemente, esta “segunda morte” (Ap 21:8) é uma existência inútil e arruinada (Matt 25:30, Lucas 9:25, João 3:16-18, 2 Tessalonicenses 1:9; 2 Pedro 2:12; Judas 12 ; Rev 21:8). O pecado tem completamente apagado todas as virtudes. Os réprobos tornaram-se obstinados em sua rebelião contra Deus, como “animais irracionais” (Judas 10,13; 2 Pedro 2:12-22). Conseqüentemente, as portas do inferno pode ser trancada por dentro, como CS Lewis observa.

No inferno, os condenados recebem sua devida retribuição para “fazer as coisas, enquanto no corpo” (2 Col 5:10, 2 Pedro 2:13, Judas 15 Apocalipse 14:9-11). O “verme imorredouro” tem sido muitas vezes interpretado como tormento interior da alma, cobiça e luto do que foi perdido (Marcos 9:48). Esse arrependimento é agravado desde o réprobo não estão arrependidos, mas fechado em sua rebelião. Mas vermes da sepultura e escuridão também são imagens comuns de um destino desprezível. Escritura sugere que existem graus de punição no inferno. Aquele “que não sabe e faz coisas que merecem a punição será açoitado com poucos golpes.” Mais grave é a punição devida para os rebeldes que estavam “com muito confiada” (Marcos 12:40, Lucas 12:48).

Aniquilacionismo e a Extensão do Inferno. A extensão do inferno tem ocasionado muita discussão em estudos recentes. Há três pontos principais de discórdia. Alguns aniquilacionistas têm argumentado que a imagem bíblica de um fogo consumidor, destruição implica a cessação da vida (Stott). No entanto, imagens de Jesus sobre o inferno não são descrições literais, mas metáforas. Elas são mutuamente exclusivas, se tomado literalmente, o fogo do inferno luta com a sua “completa escuridão”. Na literatura intertestamental a imagem metafórica de um incêndio poderia sugerir aniquilação ou o castigo eterno, mostrando a inconclusão desse argumento.

Alguns aniquilacionistas têm argumentado que quando o adjetivo grego para eterna, aionios, é usado com substantivos de ação, refere-se a uma ocorrência com resultados eternos, e não um processo eterno (Fudge). “Punição eterna”, argumenta-se , denota um castigo que ocorre uma vez com resultados eternos. No entanto, contrafactuais disputa este argumento. O pecado eterno (Marcos 3:29), por exemplo, não é apenas um pecado, mas uma ação que debilita irremediavelmente para uma só pecados. Da mesma forma, a salvação eterna (aionios soteria) não se refere exclusivamente à obra de Cristo há muito tempo, e, assim, impede a sua manutenção e preservação de presença. A Escritura descreve os crentes, mesmo na era por vir, como existentes “em Cristo” (Rm 8:1; Ef 1:13; Col 2:6-7; 2 Tm 2:10). Então aionios soteria refere-se a eterna salvação de Cristo a salvação dos bem-aventurados, uma ação que é eterna, assim como final.

Em Mateus 25:46 Jesus diferencia os dois futuros da vida eterna e castigo eterno, usando o mesmo adjetivo para cada um, aionios. Na mente de Jesus, ao que parece, a extensão de cada futuro é idêntica. Se a existência de o justo é interminável, assim também é a existência dos ímpios. Outras declarações sugerem a mesma conclusão. Jesus ensina que “quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (João 3:36). Contanto que a ira de Deus permaneca sobre eles, os condenados devem existir. A imagem de Jesus sobre o inferno é como um lugar onde “o seu verme não morre e o fogo não se apaga” (Marcos 9:48) indica que esta manifestação da ira de Deus é infinita. Outras passagens do Novo Testamento reiteram um alerta terrível de Jesus, descrevendo o inferno como “tormento eterno.” Mesmo os aniquilacionistas admitem a dificuldade de tais textos para a sua posição.

Objeções para o inferno. O inferno é uma realidade terrível. Assim como Cristo chorou sobre Jerusalém, os crentes são similarmente perturbado e angustiado por este destino dos perdidos. Alguns levantaram sérios desafios para a realidade do inferno.

Uma dificuldade perene diz respeito à relação entre o amor e a santidade de Deus: Como poderia um Deus amoroso rejeitar para sempre a criatura que ele ama? Esta questão assume que a criatura é o maior bem intrínseco, mesmo para Deus. Mas o bem maior para o Deus da Escritura não é a humanidade. A humanidade foi criada por Deus, e não pode ser definida em termos em si mesmo; nós existimos para glorificar a Deus (Salmo 73:24-26, Rm 11:36, 1 Coríntios 10:31; Col 1:16). Certamente Deus ama a criatura; a própria criação reflete o amor gratuito de Deus. Mas desde que o amor de Deus é completo em si mesmo, mesmo antes da criação, a criatura não pode ser presumida como seu primeiro e único fim. Nem pode o caráter do amor de Deus ser decidido a priori, mas somente pela revelação. Conseqüentemente, a advertência de Jesus da ira vindoura (Mt 25:31,41,46) deve ser aceita como uma possibilidade inerente do amor de Deus.

Alguns reconhecem a retribuição, mas pergunta por que os maus são eternamente mantidos em existência a sofrer. Visto que o orgulho é a dívida verdadeira do pecador para com Deus, o juiz, mais uma vez esta questão deve ser respondida examinando o trabalho sacerdotal de Cristo da propiciação. Na cruz, Deus em Cristo se tornou nosso substituto para suportar o castigo pelos nossos pecados, assim como “para ser justo e aquele que justifica o homem que tem fé em Jesus” (Rm 3:26;. Cf Col 2 5:21; 1 Pedro 2:24). O Deus-homem propiciou o nosso pecado. Este fato, que Deus, o Juiz, o “Senhor da glória” ele mesmo (1 Cor 2:8), aceitou a punição devida a nós, sugere que a pena para o pecado contra o Infinito é infinito.

As questões permanecerão, mas os cristãos conhecem pessoalmente o amor de Deus em Jesus Cristo e essa certeza é mais importante do que saber extamente a verdade sobre a punição dos ímpios, pois queremos a recompensa dos justos! 



fonte: biblioteca bíblica

terça-feira, 5 de novembro de 2013

LIÇÃO 05 – O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS - 4º TRIMESTRE 2013
(Pv 6.16-19; 15.1,2,23; 16.21,24)

INTRODUÇÃO
Entre os muitos conselhos que encontramos no livro dos Provérbios, achamos também sérias exortações de Salomão quanto ao cuidado que devemos ter com aquilo que falamos. Nesta lição veremos o que a Bíblia diz quanto ao uso da língua; destacaremos também alguns pecados relacionados nas Escrituras cometidos pela fala; veremos ainda a perspectiva do apóstolo Tiago quanto ao nosso procedimento com as palavras; pontuaremos também alguns personagens que foram prejudicados pelo mal uso da língua; e, por fim, citaremos algumas recomendações quanto ao bom uso das palavras.

I – A BÍBLIA E O USO DA LÍNGUA

A língua é um órgão do corpo humano, cuja função principal está relacionada a fala. É em face dessa atribuição que esse membro do corpo aparece na Bíblia como uma poderosa força.
1.1 Antigo Testamento. Nas páginas do AT encontramos sérias advertências quanto a pecados que podem ser cometidos através da língua (Êx 20.16; Lv 19.11,16). No entanto, no livro de Provérbios estas exortações são mais abundantes (Pv 6.16-19; 15.1,2,23; 16.21,24), pois a essência desse livro é o ensino da Moral e dos princípios éticos que nos orientam a governar as nossas vidas, até mesmo o nosso procedimento quanto ao falar (Pv 12.19; 17.20; 18.21; 21.23).
1.2 Novo Testamento. Jesus ensinou que os homens terão de prestar contas no Dia do juízo de sua vida na terra, incluindo toda palavra ociosa (Mt 12.36). Paulo refere-se a língua como um instrumento de engano, que é uma das grandes características de um ser humano não convertido, que não anda em Espírito mas na carne (Rm 3.13,14). O apóstolo Tiago em sua epístola trata de forma severa esse tema (Tg 3.1-12), bem como Pedro e João (I Pe 3.10; I Jo 3.18).

II – PECADOS RELACIONADOS NA BÍBLIA QUANTO AO MAU USO DA LÍNGUA

Em toda a Escritura encontramos a reprovação de Deus quanto ao mal uso da língua. Vejamos algumas destas obras da carne que o servo de Deus não deve cometer:
PECADOS DEFINIÇÃO REPROVAÇÃO BÍBLICA MENTIRA
“Ato de mentir; engano, impostura, fraude, falsidade”.
Lv 19.11; Sl 5.6; Sl 101.7; Pv 6.16-19; 19.5,9; Jo 8.44; Ef 4.25; Ap 21.27; 22.15
MURMURAÇÃO
“Queixar-se em voz baixa; falar mal de alguém ou de alguma coisa”
Êx 15.23-25; 16.7,12; Nm 14.1-3; Sl 106.24-27; I Co 10.9-12; I Pe 4.9
BLASFÊMIA
“Palavras que ultrajam a divindade ou a religião”.
Lv 24.16; Is 1.4; Mc 3.28; Ez 20.27; II Pe 2.9,10; Ap 16.9,11, 21
MALEDICÊNCIA
“Detratação, difamação, murmuração”
Sl 62.4; Sl 139.20; Pv 24.2; I Co 5.11; 6.10; Cl 3.8; Tg 4.11
PALAVRA TORPE
“Desonesto, impúdico, infame, vil, repugnante, nojento, asqueroso”
Ef 4.29; Cl 3.8
CHOCARRICE
“Gracejo atrevido”
Ef 5.4
MEXERICO
“Enredo, intriga, bisbilhotice”
Lv 19.16; Pv 11.13; Pv 18.8;
II Co 12.20; I Tm 5.13
CALÚNIA
“Difamação por meio de acusações
conscientemente falsas”
Êx 20.16; Dt 5.20; Pv 25.18;
II Tm 3.1-3; Tt 2.3
HERESIA
“Doutrina oposta aos ensinamentos divinos e que tende a promover facções”
Rm 16.17; Gl 5.20; II Pe 2.1; I Tm 4.1

III – A PERSPECTIVA DE TIAGO A RESPEITO DO USO DA LÍNGUA
A epístola de Tiago, irmão do Senhor, apresenta a sua mensagem seguindo o modelo do Senhor Jesus, recheada de ilustrações. Suas exortações e repreensões se tornam mais claras, a partir da linguagem que faz das comparações. Eis abaixo algumas figuras de linguagem que o apóstolo faz em (Tg 3.1-12) para falar da língua:

COMPARAÇÃO INTERPRETAÇÃO LEME
“um bem pequeno leme” (Tg 3.4)
Um pequeno leme de um grande navio ajuda a dirigir o curso da navegação. A língua é apenas um pequeno membro, mas muitas vezes se orgulha do que pode fazer. A língua tanto dirige o navio (nosso corpo) no curso certo, como pode levá-lo ao desastre (Tg 3.4).
FOGO
“A língua também é um fogo...” (Tg 3.6)
Uma pequena faísca pode incendiar uma floresta inteira, o que resulta num grande estrago. Era justamente isso que Tiago tinha em mente quando comparou a língua com um fogo “vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia” (Tg 3.5).
MANANCIAL “...alguma fonte...” (Tg 3.9-12)

O mesmo manancial não pode jorrar água doce e amarga. Terá de ser um ou outro tipo. Assim é com a língua. Dela vem o mal ou o bem, veneno ou bálsamo curador, maldição ou benção, frutas bravas ou figos, água salobra ou potável (Tg 3.10-12).
O apóstolo Tiago ensina-nos de forma ilustrada que, para que o falar do cristão não seja prejudicial, precisa ser controlado. Pois, pelos freios, os cavalos selvagens podem ser domados (Tg 3.3). Esse freio é domínio próprio uma das virtudes que compõe o fruto do Espírito - o fruto da disciplina (Gl 5.22). Logo, se o mais desenfreado membro do corpo, a língua, estiver em sujeição a Cristo, então todo o corpo será controlado. Peçamos ao Espírito Santo que ponha guarda na porta dos nossos lábios (Sl 39.1; 141.3).

IV - PERSONAGENS BÍBLICOS QUE SE PREJUDICARAM POR CAUSA DO MAU USO DA LÍNGUA

A Bíblia nos mostra o que aconteceu com alguns homens e mulheres de Deus por não frearem a sua língua:
 Abraão mentiu dizendo que Sara não era sua esposa e quase causou um desastre (Gn 12.10-20).
 Rebeca com sua astúcia orientou Jacó a mentir para seu pai Isaque, trazendo conflito familiar (Gn 27.6-46)
 Ananias e Safira astuciosamente mentiram a cerca do valor da herdade que haviam vendido e foram mortos pelo Senhor por isso (At 5.1-11).
 Paulo exorta aos crentes de Corinto dizendo que um dos pecados que impediram alguns hebreus de entrarem em Canaã foi a murmuração (I Co 10.10).
V – RECOMENDAÇÕES DE PROVÉRBIOS QUANTO AO BOM USO DAS PALAVRAS
O livro de Provérbios também nos mostra que podemos usar as palavras com finalidades benéficas. O sábio Salomão nos diz que o nosso falar deve ser com:
 MODERAÇÃO: “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Pv 27.5).
 RESPONSABILIDADE: “O coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios jorra coisas más” (Pv 15.28).
 TEMPERANÇA: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1).
 JUSTIÇA: “O homem se alegra em responder bem, e quão boa é a palavra dita a seu tempo!” (Pv 15.23).
 VERDADE: “O lábio da verdade permanece para sempre, mas a língua da falsidade, dura por um só momento” (Pv 12.19).

CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a nossa língua pode ser um instrumento de Deus para abençoar muitas pessoas, ou do diabo para destruição delas. Para que ela seja usada de forma temperante devemos nos submeter ao domínio do Espírito Santo. Por causa dessa tendência da natureza humana de pecar com a língua, a Bíblia exorta a “todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19).

domingo, 22 de setembro de 2013

 

Holocausto - Significado

Holocausto é uma palavra que nos remete ao tempo da antiga Aliança feita por Deus com Moisés e com o povo de Israel no Antigo Testamento. Dessa aliança sugiram diversas leis dadas por Deus para que o povo fosse santo. Várias dessas leis falavam acerca de sacrifícios de animais ordenados por Deus para fins específicos (para perdão de pecados, para gratidão, para purificação, etc.). Naquela época, por exemplo, Deus ordena que se sacrifiquem animais pelo pecado do ser humano; esses animais seriam substitutos do ser humano e, assim, ele seria perdoado.

“Quando alguma pessoa pecar, e cometer ofensa contra o SENHOR (…) por sua oferta pela culpa, trará, do rebanho, ao SENHOR um carneiro sem defeito, conforme a tua avaliação, para a oferta pela culpa; trá-lo-á ao sacerdote, E o sacerdote fará expiação por ela diante do SENHOR, e será perdoada de qualquer de todas as coisas que fez, tornando-se, por isso, culpada.” (Lv 6. 2, 6, 7)

O holocausto é uma das formas de se fazer sacrifícios de animais no Antigo Testamento. Alguns sacrifícios deveriam ser feitos em forma de holocausto. No holocausto, o animal era queimadosobre um altar em oferta ao Senhor. Normalmente eram queimados animais de gado (bois, ovelhas, bodes, etc.). Os mais ricos tinham essa possibilidade. Também eram oferecidos holocaustos de aves (pombas, rolinhas, etc.). Os mais pobres traziam essas ofertas, pois estavam dentro das suas possibilidades financeiras.

“e disse a Arão: Toma um bezerro, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto, ambos sem defeito, e traze-os perante o SENHOR.” (Lv 9. 20)“Se a sua oferta ao SENHOR for holocausto de aves, trará a sua oferta de rolas ou de pombinhos.” (Lv 1. 14)

Em geral, as ofertas trazidas perante Deus deveriam custar algo àquele que a trazia. A oferta em si não era o mais importante, mas a mudança que acontecia no coração das pessoas. Oferta sem mudança de coração não valia de nada. Por isso, o salmista reflete:

“Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Sl 51. 15-17)

Se você quiser saber mais sobre as leis de sacrifícios no Antigo Testamento, leia os primeiros capítulos do livro de Levítico.

 



O que é holocausto?

Segundo o dicionário Priberam da língua portuguesa:
holocausto 
(latim holocaustum, -i, do grego holókautos, -on) 
s. m.
1. [Religião]  Sacrifício em que a vítima era consumida pelo fogo.
2. [Religião]  Vítima oferecida em holocausto.
3. [Figurado]  Sacrifício; imolação; expiação.
4. [História]  Homicídio metódico de grande número de pessoas, especialmente judeus e outras minorias étnicas, executado pelos regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial. (Geralmente com inicial maiúscula.)

Antigamente parte dos sacrifícios religiosos e sagrados eram realizados com o sacrifício de animais e sendo eles finalizados com fogo, que queimava e consumia o sacrifício com a intenção de que aquela fumaça subisse até as narinas dos deuses ou do Deus vivo como vemos na nossa Bíblia Sagrada.

Vindo do Grego holos, “inteiro” e kaustós, “queimar”: “queimado por inteiro” essa palavra era utilizada para se referir a uma vítima de sacrifício totalmente queimada.

Algumas referências bíblicas com a palavra holocausto:

Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar. (Levítico 9:13)

E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos. (Gênesis 22:8)

E toda a congregação se prostrou, quando entoavam o canto, e as trombetas eram tocadas; tudo isto até o holocausto se acabar. (2 Crônicas 29:28)

Como se tira do boi do sacrifício pacífico; e o sacerdote os queimará sobre o altar do holocausto. (Levítico 4:10)

 

sábado, 21 de setembro de 2013

Fernandinho - Todas as Coisas


Existem momentos em nosso vida, que é preciso entender, que o nosso Deus fica no silencio para nos ensinar algo que precisamos aprender. E eu acredito que o que precisamos aprender descansar e deleitar-se nEle a bíblia diz: " Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração." Salmos 37:4 e 5 
 
Pb. J.Silva


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O Hábito da Leitura da Bíblia



Todos devemos amar a Bíblia. Todos devemos lê-la. Todos. É a Palavra de Deus. Ela tem a solução da vida. Ela nos fala do melhor Amigo que a humanidade já teve, o mais nobre, o mais terno, o mais verdadeiro Homem que já pisou na terra.

É a mais linda história que já se contou. É a melhor diretriz da conduta humana que já se conheceu. Dá um sentido, um fulgor, uma alegria, uma vitória, um destino e uma glória à vida, que em nenhuma outra parte são revelados.

Nada há na História, ou na literatura, que de alguma forma se compare com as singelas narrativas do Homem da Galileia, que levou dias e noites a ministrar aos que sofriam, a ensinar aos homens como ser benévolos, a morrer pelo pecado, a ressuscitar para a vida que jamais acaba, e a prometer segurança eterna e eterna felicidade a todos quantos se chegam a Ele.

A maioria do povo há de pensar, seriamente, como há de ser quando o fim chegar. Não adianta sorrir, desdenhosamente, passar adiante deste assunto, ESSE DIA HÁ DE VIR. E QUE ACONTECERÁ ENTÃO? A Bíblia dá a resposta. É resposta inequívoca. Há um Deus. Há um céu. Há um inferno. Há um Salvador. Haverá um dia de juízo. Feliz do homem que, enquanto vivo, fizer suas pazes com o Cristo da Bíblia e se preparar para esse epílogo.

Como pode uma pessoa sensata deixar de entusiasmar-se com Cristo, e com a Bíblia, que de Cristo lhe fala? Todos devemos amar a Bíblia. Todos. TODOS.

Todavia, a negligência generalizada da Bíblia, por parte de igrejas e de pessoas que frequentam igrejas, é, simplesmente, de estarrecer. Conversamos sobre a Bíblia, defendemos a Bíblia, louvamos a Bíblia, exaltamos a Bíblia. Sim, pois não! Mas, muitos membros de igreja raramente lançam um olhar à Bíblia — de fato, ficariam envergonhados de ser vistos a lê-la. E os líderes da Igreja, em geral, não parecem fazer um esforço sério para levar o povo a ler a Bíblia.

O protestantismo de hoje em dia parece cuidar muito pouco do Livro em que, altissonantemente, professa crer. E o Catolicismo Romano prefere, declaradamente, seus próprios decretos à Bíblia.

Procuramos saber tudo no mundo. Por que não, também, acerca de nossa religião? Lemos jornais, revistas, novelas e toda sorte de livros, e ouvimos o rádio nas horas certas. No entanto, a maioria de nós nem sequer sabe os nomes dos livros da Bíblia. Que vergonha! Que vergonha!

O contato individual direto com a Palavra de Deus é o principal meio de crescimento cristão. Todos os líderes de poder espiritual, da história do cristianismo, têm sido leitores devotados da Bíblia.

A Bíblia é o livro de que vivemos. A leitura da Bíblia é o meio de aprendermos e de conservarmos nítidas, em nossas mentes, asIDEIAS que modelam nossa vida. Nossa vida é produto de nossos pensamentos. Para vivermos certo, precisamos pensar certo.

Os pensamentos exercem poder em nossa vida pela FREQUÊNCIA com que ocuparem nossas mentes. Lemos a Bíblia frequente e regularmente, de sorte que os pensamentos de Deus podem ocupar frequente e regularmente nossas mentes; podem vir a tornar-se pensamentos nossos; podem nossas ideias vir a conformar-se com as ideias de Deus; podemos ser transformados na imagem de Deus, e tornados capazes de fazer eterna companhia com o nosso Criador.

Podemos, com efeito, absorver a verdade cristã, em certo grau, assistindo aos cultos, ouvindo sermões, lições bíblicas, testemunhos, e lendo literatura cristã.

Todavia, por mais que essas coisas sejam boas e úteis, fornecem-nos a verdade divina em SEGUNDA MÃO, aguada, porque através de canais humanos, e, até certo ponto, glosada com ideias e tradições humanas.

Estas coisas não podem tomar o lugar da leitura individual da PRÓPRIA BÍBLIA, da fundamentação, por nós mesmos, de nossa fé, esperança e vida, diretamente na Palavra de Deus, antes que naquilo que os homens dizem acerca dessa Palavra.

A Palavra de Deus é a arma do Espírito de Deus para a redenção e perfeição da alma humana. Não é bastante ouvir outros falar, ensinar e pregar a respeito da Bíblia. Precisamos conservar-nos, cada um de nós, em contato direto com a Palavra de Deus. É ela o poder de Deus em nossos corações.

A leitura da Bíblia é hábito cristão fundamental. Não queremos dizer que devemos cultuar a Bíblia como se fosse um fetiche, mas adoramos o Deus e o Salvador de quem a Bíblia nos fala. E, porque amamos nosso Deus e Salvador, amamos, terna e devotadamente, o Livro que dEle procedeu e dEle se ocupa.

Nem queremos dizer que o hábito de ler a Bíblia é em si uma virtude, porque é possível lê-la sem aplicar seus ensinos à vida, havendo, mesmo, os que a leem e ainda são mesquinhos, desonestos e nada cristãos. São, contudo, exceções.

Em regra, a leitura bíblica, quando feita com as devidas disposições de espírito, é hábito que dá lugar a todas as virtudes cristãs, sendo a mais eficiente força formadora do caráter que se conhece.

Como ato de devoção religiosa. Nossa atitude para com a Bíblia é um índice muito seguro de nossa atitude para com Cristo. Se amarmos uma pessoa, gostamos de ler a seu respeito, não é fato?

Se apenas chegássemos a considerar nossa leitura bíblica como ato de devoção a Cristo, seríamos inclinados a considerar o caso menos irrefletidamente.

É glorioso ser cristão. O mais elevado privilégio que qualquer mortal pode ter é andar pela vida afora de mãos dadas com Cristo, como Salvador e Guia; ou, mais corretamente, é andar vacilante, como criancinha, ao Seu lado e, embora sempre a tropeçar, nunca largando a Sua mão.

Esta relação pessoal de cada um de nós com Cristo é uma das coisas essenciais da vida, e não falamos muito sobre isto, provavelmente, porque descobrimos que somos, lamentavelmente, indignos de usar o Seu nome. Mas, no profundo de nossos corações, refletindo seriamente, sabemos que, a despeito de nossa fraqueza, mundanismo, frivolidade, egoísmo e pecado, amamo-Lo mais do que a qualquer outra coisa no mundo; e, nos nossos momentos de maior lucidez, sentimos que, voluntariamente, não O ofenderíamos por coisa alguma. Somos, porém, irrefletidos.

Ora, a Bíblia é o livro que nos fala de Cristo. É possível, então, amar a Cristo e ao mesmo tempo ter prazer em ser indiferente à Sua Palavra? É POSSÍVEL?

A Bíblia é o melhor livro devocional. Opúsculos para devoções diárias, que, modernamente, as casas publicadoras evangélicas anunciam tanto, podem ter seu lugar. Contudo, não substituem a Bíblia. A Bíblia é a própria Palavra de Deus. E nenhum outro livro pode tomar o seu lugar. Todo crente, moço ou velho, deve ser um fiel leitor da Bíblia.

George Muller, que, em seu Orfanato em Bristol, Inglaterra, fez, pela oração e fé, um dos mais notáveis trabalhos da história cristã, atribuía seu êxito, pelo lado humano, ao seu amor à Bíblia. Disse ele: “Creio que a principal razão de me haver conservado em atividade útil e feliz está no amor que tenho à Sagrada Escritura. Tenho como hábito ler a Bíblia toda quatro vezes por ano; em espírito de oração, aplicá-la a meu coração e praticar o seu ensino. Durante sessenta e nove anos, tenho sido um homem feliz, feliz, feliz”.

Subsídios para o estudo da Bíblia. A Bíblia é um livro grande, de fato, é uma coleção de livros, de um passado distante. Precisamos de todos os auxílios disponíveis para compreendê-la. Um bom dicionário bíblico é o melhor dos subsídios. Um bom comentário é de muito valor. E todo o mundo deve possuir uma concordância (Chave Bíblica).

Mas mesmo assim, surpreende como, em grande parte, a Bíblia se interpreta a si mesma, quando conhecemos o seu conteúdo. Há muitas dificuldades na Bíblia, mesmo além da compreensão dos mais eruditos. Mas, apesar disso, os seus principais ensinos são inequívocos e tão claros que “viandantes, ainda que insensatos, não têm que se enganar com eles”.

Aceitai a Bíblia como, exatamente, ela é, pelo que ela se afirma ser. Não vos inquieteis com as teorias dos críticos. A tentativa engenhosa e impudente da crítica moderna, por solapar a veracidade histórica da Bíblia, passará; ela, a Bíblia, permanecerá como luz que é da raça humana, até aos fins do tempo. Firmai vossa fé na Bíblia. É a Palavra de Deus. Ela nunca deixará que sossobreis. Para nós, homens, ela é a rocha dos séculos. Confiai nos seus ensinos e sereis felizes para sempre.

Lede a Bíblia com a mente aberta. Não tenteis forçar todas as suas passagens, amoldando-as a umas poucas doutrinas prediletas. Nem vejais em suas passagens, ideias que lá não se encontram, nem mesmo para servirem a um sermão. Mas tentai descobrir, cândida e honestamente, os principais ensinos e lições de cada passagem. Assim, chegaremos a crer no que devemos crer, porque a Bíblia é mui capaz de cuidar de si mesma, se lhe dermos oportunidade.

Lede a Bíblia com reflexão. Lendo a Bíblia, precisamos vigiar-nos, rigorosamente, para que nossos pensamentos não divaguem, tornando-se a leitura perfunctória e sem sentido. Temos de resolver, resolutamente, fixar a mente no que lemos, esforçando-nos, ao máximo, por entender e ficando à espreita de lições que nos sirvam.

Armai-vos de um lápis. É bom, à medida que lermos, ir marcando passagens de que gostarmos; e, de vez em quando, passando em revista as páginas lidas, ler de novo as passagens marcadas. Com o tempo, uma Bíblia, assim bem marcada, tornar-se-nos-á muito preciosa, à proporção que se aproxima o dia de nos encontrarmos com o seu Autor.

Uma leitura habitual, sistemática da Bíblia é a que serve. Leitura ocasional ou espasmódica não significa muito. A menos que sigamos determinado método e o observemos com resolução firme, o resultado será não lermos muito da Bíblia. Nossa vida interior, como nosso físico, precisa de alimento diário.

Um tempo certo cada dia, qualquer que seja o plano de leitura a adotar, deve ser reservado para isso. De outro modo, seremos capazes de negligenciá-lo.

É bom que seja a primeira coisa, de manhã, se nossa rotina de trabalho o permite. Ou à noite, findo o trabalho do dia, é possível que nos sintamos mais à vontade.

Ou, talvez, de manhã e de noite. A alguns, pode servir melhor um período de tempo ao meio-dia.

Não importa muito qual seja o tempo escolhido. O importante é que escolhamos o que melhor nos convenha e que não interfira nos nossos trabalhos diários; que o observemos, rigorosamente, não desanimando, se, uma ou outra vez, essa rotina for interrompida por alguma coisa alheia à nossa vontade.

Aos domingos, podemos dedicar-nos mais à nossa leitura bíblica, visto ser o dia do Senhor, reservado à Sua Palavra.

Decorai os nomes dos livros da Bíblia. Seja isto a primeira coisa. A Bíblia compõe-se de sessenta e seis livros. Cada um deles versa sobre um assunto. O ponto de partida para se entender a Bíblia é, antes de tudo, saber que livros são esses, a ordem de sua colocação e, de um modo geral, de que trata cada um.

Decorai versículos favoritos. Decorai-os, por inteiro, repetindo, muitas vezes, esses versículos, que são a vossa vida: algumas vezes, estando sozinho; ou, à noite, para que vos ajudem a adormecer nos Braços Eternos.
O hábito de fazer os pensamentos de Deus atravessar, muitas vezes, a nossa mente fará que esta se conforme com a mente divina; e, à medida que se dá essa conformação, toda nossa vida será transformada na imagem de Deus. É isto um dos melhores auxílios espirituais de que podemos dispor.

Planos de leitura bíblica. Sugerem-se muitos planos. Um convém mais a uma pessoa; outro convém mais a outra. Uma pessoa poderá gostar de mudar o plano, com o correr do tempo. O plano em si não importa muito. O essencial é ler a Bíblia com certa regularidade.

Nosso plano de leitura deve abranger a Bíblia toda, com razoável frequência, porque toda ela é a Palavra de Deus, é uma história só, uma estrutura literária de profunda e admirável unidade, centralizada em Cristo. CRISTO é o âmago e o ponto culminante da Bíblia. Tudo quanto vem escrito antes dEle, de um ou outro modo, é uma antecipação de Sua Pessoa. Tudo quanto se Lhe segue, vem interpretá-Lo. A Bíblia toda pode, com muita propriedade, ser chamada a história de Cristo. O Antigo Testamento prepara o caminho para Sua chegada. Os Quatro Evangelhos contém a história de Sua vida terrena. As Epístolas expõem a Sua doutrina. O Apocalipse revela o Seu triunfo.

Entretanto, algumas partes da Bíblia são mais importantes do que outras e devem ser lidas com maior frequência. O Novo Testamento, naturalmente, é mais importante do que o Antigo. Em cada um dos Testamentos, alguns livros, e, em cada livro, alguns capítulos, têm valor especial. Os Quatro Evangelhos são os mais importantes de todos.

Um plano bem equilibrado de leitura bíblica, segundo pensamos, pode ser algo do seguinte modo: cada vez que lermos a Bíblia toda, leiamos o Novo Testamento, uma ou duas vezes mais, com frequente leitura repetida de capítulos favoritos em ambos os Testamentos.

Quantas vezes? Uma vez por ano, pensamos, todo o Antigo Testamento, e duas vezes o Novo, seria um bom planoMÍNIMO a ser observado pela média do pessoal. E seria um meio de simplificar as coisas, fazê-lo coincidir com o ano civil, começando-se em janeiro e terminando em dezembro.

Tal plano significaria uma média de 4 ou 5 capítulos por dia, e requereria, mais ou menos, uma média de 15 ou 20 minutos diários. Não há tempo para isso? Bem, a questão do tempo é deveras importante. Um ou três minutos por dia, para devoção religiosa, é brincadeira de crianças. Se somos crentes, por que não tomamos a sério nossa religião? Por que brincar com ela? Não nos enganemos. PODEMOS achar tempo para aquilo que DESEJAMOS fazer.

Como proceder? Primeiro, escolhamos o plano e tracemos um quadro para o ano, atribuindo certo número de capítulos a cada dia, ou determinado livro, ou parte de um livro, ou grupo de livros, para cada semana, ou para cada mês, como preferirmos.

Mais especificamente, o Antigo Testamento tem 39 livros, 929 capítulos. O Novo Testamento tem 27 livros, 260 capítulos. Total, 66 livros, 1189 capítulos. Tanto os livros como os capítulos variam muito de extensão. Alguns são muito curtos, outros muito longos. Numa Bíblia de tamanho médio e de tipo médio, um capítulo médio cobre mais ou menos a extensão de uma página.

Alguns capítulos e alguns livros, devido à natureza do seu assunto, podem ser lidos mais rapidamente do que outros. E alguns capítulos merecem ser lidos, repetidamente, muitas e muitas vezes.

Leitura consecutiva. É a leitura seguida dos livros na ordem cm que se acham, isto é, do Gênesis ao Apocalipse. Depois de feita a leitura, repeti-la. Com este plano, a menos que se leia a Bíblia inteira, muitas vezes, passa-se muito tempo sem ler em o Novo Testamento.

Leitura alternada dos dois Testamentos. Isto é, ler nos dois Testamentos, simultaneamente; ler alguma coisa, cada dia, ou cada semana, num e noutro Testamento; ou uma semana no Antigo, e na semana seguinte em o Novo, ou um livro no Antigo e depois outro em o Novo.

Um capítulo por dia. Muitos fazem assim. E é um hábito maravilhoso. Mas muito melhor será se pudermos ler dois, ou três, ou quatro capítulos por dia.

Ler a Bíblia pelos livros: isto é, um livro inteiro, ou grande parte dele, de uma vez ou tão continuadamente quanto possível. Em regra, tratando de leitura bíblica, é melhor fazê-la por livros inteiros do que por seleções de trechos de capítulos.

Ler um livro, repetidamente: isto é, fazer um estudo especial de algum livro isolado, lendo-o, muitas vezes, dia após dia. Isto é sobremaneira útil. Mas não se deve passar tempo demasiado longo nesse sistema, para que não se negligencie o resto da Bíblia.

Leitura em grupo. Que maravilha seria se uma classe bíblica, sob a direção do seu professor, ou uma congregação, sob a liderança do seu pastor, lesse a Bíblia EM CONJUNTO, o professor, ou o pastor, aos domingos, ensinando ou pregando sobre as Escrituras lidas na semana anterior. Por que não? POR QUE NÃO? Um pastor e seu rebanho não poderiam melhor andar com Deus pela vida afora do que assim em comunhão ao redor da Palavra Divina.

Fonte: Manual Bíblico de Halley

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