Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do
justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 11: Inveja, um grave pecado
Data: 9 de Setembro de 2012
TEXTO ÁUREO
“O coração com saúde é a vida da
carne, mas a inveja é a podridão dos ossos” (Pv 14.30).
VERDADE PRÁTICA
O cristão verdadeiro não se deixa
levar pela inveja e não age com maldade.
HINOS SUGERIDOS
422, 432, 491.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 37.1-3
Pratique a bondade
Terça - Pv 23.17
Não seja invejoso
Quarta - Fp 1.15
Pregar por inveja e disputa
Quinta - 1 Sm 2.22-25
As maldades dos filhos de Eli
Sexta - Pv 11.19,20
Deus abomina a maldade
Sábado - Ez 36.33
Deus purificará o seu povo de toda a
maldade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 João 2.9-15.
9 - Aquele que diz que está
na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
10 - Aquele que ama a seu
irmão está na luz, e nele não há escândalo.
11 - Mas aquele que aborrece
a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir;
porque as trevas lhe cegaram os olhos.
12 - Filhinhos, escrevo-vos
porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.
13 - Pais, escrevo-vos,
porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque
vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 - Eu vos escrevi, pais,
porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens,
porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 - Não ameis o mundo, nem o
que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
INTERAÇÃO
A Palavra de Deus recomenda-nos que
sejamos cheios do Espírito Santo, pois assim não daremos lugar às obras da
carne (Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa natureza pecaminosa, da
nossa carne. Precisamos nos encher constantemente do Espírito Santo para que
possamos ter uma vida santa e justa, livre do pecado. Deus nos chamou para uma
vida de santidade e pureza, por isso, na lição de hoje estudaremos dois graves
pecados que não deveriam jamais encontrar lugar no coração dos crentes: a
inveja e a maldade. A Bíblia declara que os que cometem tais coisas, se não se
arrependerem, “não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
Saber que a inveja está presente no
coração do homem desde a queda.
Discutir a respeito das consequências
da inveja na vida do crente.
Conscientizar-se dos males advindos
da maldade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Providencie cópias da tabela abaixo
para os alunos. Inicie a lição fazendo as seguintes indagações: “O que é inveja?”;
“Como o crente pode livrar-se deste sentimento pecaminoso?”. Ouça com atenção
os alunos e explique que a carne e o espírito são opostos. Somente teremos
vitória sobre as obras da carne, o pecado, se andarmos em Espírito (Gl 5.16).
Em seguida, leia e discuta com os alunos os tópicos apresentados na tabela.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Inveja: Desejo violento de possuir o bem alheio; desgosto ou pesar pelo
bem ou felicidade de outrem.
A lição deste domingo trata de dois
graves pecados, que jamais deveriam ser encontrados na vida do crente: a inveja
e a maldade. A inveja leva à maldade e esta afasta o homem do seu Criador. Todo
aquele que pratica a iniquidade será julgado e condenado por Deus.
Infelizmente, muitos dos que afirmam servir ao Senhor praticam a maldade e,
depois, hipocritamente, escondem-se atrás das máscaras da mansuetude e da
humildade. Mas o Todo-Poderoso não se deixa enganar pelas aparências. No devido
tempo, conforme a parábola do joio e do trigo, arrancá-los-á e os lançará no
lago de fogo.
I. A INVEJA NO PRINCÍPIO DO MUNDO
1. Inveja, um sentimento maléfico. Inveja
é o mesmo que cobiça; um sentimento de desgosto ocasionado pela felicidade do
outro. Invejar é cobiçar e desejar o que a outra pessoa tem. Tal sentimento
nasceu da frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos divinos
(Is 14.12-20). Lúcifer invejou o Senhor; queria ser maior que o Todo-Poderoso.
No Jardim do Éden, a serpente
despertou algo parecido em Eva, levando-a ao desejo de ser como Deus (Gn
3.1-5). Esse sentimento ainda motivou o primeiro homicídio da história (Gn
4.5). Por isso, a manifestação da inveja entre os servos de Deus é condenável
por sua Palavra (Gl 5.26).
2. Maldade, uma ação maligna. A
pessoa que pratica a maldade é naturalmente perversa e está sempre pronta a
prejudicar e a ofender ao próximo. O Senhor abomina os iníquos de coração e os
que tem prazer em praticar o mal (Pv 11.20). Os filhos do profeta Eli faziam o
que era mau diante de Deus, e tiveram por sentença a morte (1 Sm 2.34; 4.11).
Todo aquele que busca ferir ao seu semelhante, física ou moralmente, age de
forma dissimulada, hipócrita e ímpia (Pv 6.16-19). O tal não ficará impune.
3. A inveja leva à maldade. Quem
se deixa contaminar pela inveja, vive angustiado e planejando o mal de seu
próximo. Aliás, a maldade é precedida pela inveja. As Sagradas Escrituras dão
exemplos reais desse duplo pecado. Em Gênesis, encontramos a história de Caim
que, consumido pela inveja, assassinou o seu irmão, Abel. Tempos depois, os
irmãos de José, movidos pela inveja, vendem-no como escravo para o Egito. Nos
Evangelhos, deparamo-nos com os sacerdotes que, por inveja do Senhor Jesus,
tramaram a sua prisão e morte (Mt 27.18).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A inveja teve origem na frustrada
tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos de Deus.
II. A INVEJA E SUA CONSEQUÊNCIA
1. Na vida de Caim. O homicídio
cometido por Caim nasceu da inveja que ele nutria por seu irmão, Abel. Ele
apresentou uma oferta ao Senhor que, por causa da má disposição de seu coração,
foi rejeitada por Deus. Ao passo que a de Abel foi aceita, porque este amava a
Deus (Gn 4.1-16). O problema não estava na oferta em si, porque Deus era
adorado, no Antigo Testamento, tanto por sacrifícios vegetais quanto animais
(Lv 2.1-16). O real problema está na qualidade espiritual e moral do ofertante.
Vendo que o semblante de Caim decaíra
por causa da inveja e do ódio que ele nutria contra o seu irmão, Deus
advertiu-o quanto ao pecado que jazia à porta. Mas Caim permitiu que a inveja
se transformasse em ódio que, mais adiante, leva-o a planejar e a executar o
assassinato de seu irmão. Em consequência de seu crime, Caim é banido da
presença do Senhor (Gn 4.16). O crente deve aprender a controlar as suas
emoções, pois os nossos atos geram consequências que, às vezes, acompanham-nos
durante toda a vida.
2. Na vida dos irmãos de José. José
era o filho amado de Jacó. Por isso, recebeu de seu pai um presente que o
distinguia de todos os seus irmãos (Gn 37.3). Além disso, teve certa vez dois
sonhos que, interpretados, mostravam toda a sua família curvando-se diante
dele. Tais fatos suscitaram a inveja e a maldade de seus irmãos, pois era-lhes
inadmissível que o seu irmão caçula viesse, um dia, a dominá-los (Gn 37.4-11).
Tomados pela inveja, venderam-no como
escravo para o Egito. Mas, passados treze anos, o Senhor exaltou a José. O
escravo hebreu tornou-se governador do Egito. E, nessa condição, pôde salvar a
sua família, inclusive os que intentaram-lhe o mal (Gn 41-48). Mais tarde, eles
vieram a se arrepender de seus pecados e a reconhecer que Deus, de fato, estava
operando uma grande salvação por intermédio de José.
3. Na vida do crente. O crente
fiel não pode ser dominado pela inveja, pois tal sentimento é pecado. A Bíblia
ensina que devemos nos alegrar com os que se alegram (Rm 12.15). Mas o invejoso
não consegue alegrar-se com o sucesso e o êxito dos outros, pois não tem
escrúpulos e tudo fará para se apossar daquilo que não lhe pertence.
Infelizmente, há muitos crentes que
invejam cargos e posições, esquecendo-se de que é o Senhor Deus quem chama e
capacita os seus servos para obras específicas. O invejoso, porém, não entende
isso. Por isso, vive amargurado de alma. Quem nutre tal sentimento precisa mais
do que depressa correr aos pés de Cristo e buscar o perdão e a misericórdia. Se
assim não proceder, não herdará a vida eterna.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A inveja é pecado e o crente não pode
ser dominado por tal sentimento.
III.
A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE
1. No âmbito familiar. O homem e
a mulher que sinceramente servem a Deus não agem com malícia ou com astúcia.
Cristo convida-nos a aprender com Ele a sermos mansos e humildes (Mt 11.29). A
família cristã deve ser diferente e firmar-se como exemplo a ser seguido. Em
nosso lar, por conseguinte, não pode faltar o amor, a paz e a mansidão. Se, por
acaso, você estiver sofrendo com algum familiar, suporte a provação e vença o
mal com o bem (1 Pe 3.8-12).
2. No trabalho. A empresa é o
lugar onde passamos a maior parte do nosso tempo e onde também encontramos
pessoas invejosas, incompetentes e malignas. Nesse ambiente, o servo de Deus
deve aprender a compartilhar a sua fé (sem prejudicar o seu trabalho) e
demonstrar, através de atitudes, que é diferente.
Não faltam relatos de pessoas que sofrem
abuso moral e que têm a sua fé confrontada a todo instante. O desejo de galgar
cargos e posições não é condenável desde que isso ocorra de forma ética e como
fruto do esforço e dos méritos pessoais. É inadmissível, porém, a um servo de
Deus agir de forma desleal e antiética. Devemos ser sal e luz, para influenciar
positivamente o nosso ambiente de trabalho, a fim de que o nome de Cristo seja
glorificado (Mt 5.13-16,20). Ainda que você seja prejudicado, aja de maneira
cristã. O Senhor, no devido tempo, o honrará (Gl 6.9).
3. Na Igreja. Falar sobre
maldades dentro da igreja pode parecer desnecessário, mas infelizmente não o é.
Em nossos rebanhos, não faltam lobos em pele de ovelha e joio em meio ao trigo.
Há muitos que, em nome de Deus, planejam o mal, ensinam heresias e profetizam
mentiras, trazendo dissensões, rebeliões e escândalos entre os santos (Mt
7.21-23; 2 Pe 2.1).
A maldade tem minado a fé de muitos.
Quantas pessoas, alvos de calúnias e deslealdades, não se acham desviadas do
caminho do Senhor? A Palavra de Deus diz que de seis coisas odiadas pelo
Senhor, a sétima Ele abomina: semear contendas entre os irmãos (Pv 6.16-19).
Mesmo que você esteja padecendo perseguições por parte dos falsos irmãos,
prossiga fielmente, pois o Senhor reservou-lhe uma grande recompensa (2 Tm
3.12; Gl 2.4; 6.9; 1 Pe 5.4; Ap 2.10). Converse com o seu pastor; ele saberá
como ajudá-lo.
SINOPSE
DO TÓPICO (III)
A maldade traz consequências maléficas e
acaba minando a fé do crente.
CONCLUSÃO
Quem serve a Deus verdadeiramente não
deve sentir inveja do seu próximo nem praticar o mal. O Senhor chamou-nos para
ser luz em meio às trevas. Assim, se você está sendo alvo de inveja e ou de
maldades, procure olhar para o alto, para aquele que lhe dá a salvação e o
livramento. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem (Rm
12.9,21). Jamais esqueça que os olhos do Senhor estão atentos. Ele é justo e o
seu rosto está voltado para os retos (Sl 11.4-7).
VOCABULÁRIO
Mansuetude: Mansidão.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
EXERCÍCIOS
1. O que é inveja?
R. É um sentimento de desgosto ocasionado pela felicidade do outro; cobiça.
2. O que ocorre com a pessoa que
se deixa contaminar peia inveja?
R. Ela vive angustiada e planejando o mal de seu próximo.
3. Como nasceu o homicídio
cometido por Caim?
R. Nasceu da inveja que ele nutria por seu irmão, Abel.
4. Podemos galgar cargos e posições
profissionais? Explique.
R. Sim, todavia não podemos nos esquecer de que é o Senhor Deus quem chama
e capacita os seus servos para obras específicas.
5. Você se considera uma pessoa
invejosa e, consequentemente, maldosa? Se sim, está disposta a mudar?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“A história dos primeiros dois
rapazes nascidos a Adão e Eva realça as repercussões do pecado dentro da
unidade familiar. Os rapazes Caim e Abel, tinham temperamentos notadamente
opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar
com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso. Os filhos
de Adão levaram sacrifícios ao Senhor, o primeiro incidente sacrificial
registrado na Bíblia. Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas
e da sua gordura não quer dizer necessariamente que animais são superiores a
planta para propósitos sacrificais. Por que atentou o Senhor para Abel e para a
sua oferta fica evidente à medida que a história se desenrola. A primeira pista
aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em
primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim
podia ser o ‘número um’. O Senhor não estava ausente na hora da adoração. Ele
abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas por meio
de um jogo de palavras informou a Caim que ele estava em real perigo. Se Caim
tivesse feito bem, com certeza Deus o teria graciosamente recebido” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol.1, 1.ed., RJ: CPAD, 2005. p.43).
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