Quem sou eu

Minha foto
Maceió, Alagoas, Brazil
Casado,esposa SUELI Tenho 3 maravilhosos filhos. Sirvo ao Senhor, como Presbitero, na Igreja Evangélica Assembléia de Deus em LUCILA TOLEDO, Maceió Alagoas.

sábado, 6 de julho de 2013

Sexualidade na Educação

Vale a pena falar sobre abstinência sexual com seus alunos?


A abstinência sexual, sem sombra de dúvida, não faz ninguém engravidar e muito menos correr o risco de contrair uma DST. Mas na atual circunstância em que vivem os jovens, buscar esta estratégia como forma de diminuir o índice de DST/Aids e gravidez na adolescência é viável?

Controle e vigilância social

No tempo dos nossos avós, um casal só podia namorar sob rígida vigilância da família. Era o chamado “namoro de portão”. A moralidade da época estabelecia uma série de controles sociais que reprimia a manifestação da sexualidade dos jovens enamorados. A prática da abstinência não era uma opção, mas sim uma imposição social. Nenhum pai queria que sua filha ficasse mal falada na sociedade.

A liberdade sexual entre os jovens

Hoje, após décadas de liberalização dos costumes, o namoro é mais aberto e o sexo não é mais visto como um tabu. Os jovens casais têm um convívio mais intenso e sem nenhuma interferência dos adultos, o que possibilita mais conversa,  privacidade e, consequentemente, uma intimidade muito maior. Meninos e meninas conversam sobre sexualidade, e o desejo sexual é valorizado por ambos os sexos. Neste contexto, o controle social é muito mais brando e os estímulos sexuais vão depender exclusivamente da motivação de cada um dos jovens envolvidos no relacionamento afetivo.
Como evitar a excitação sexual namorando na privacidade de um quarto ou no escurinho de um cinema? A abstinência sexual não é um método de prevenção, mas sim uma filosofia de vida. Concordo que quanto mais madura uma pessoa inicia sua vida sexual, maior a probabilidade de lidar melhor com as adversidades do sexo, principalmente a prevenção dos fatos citados. Mas diante deste contexto, não dá para apostar na abstinência sexual.
É por isso que, como educadora sexual, acredito que podemos ajudar nossos jovens a conviver com a sua sexualidade sem engravidar ou pegar uma DST/Aids preparando-os com informação e vivências que aumentem seu repertório sobre os comportamentos sexuais e as atitudes de prevenção.

O papel do educador

A abstinência sexual é uma escolha das pessoas e deve ser respeitada. Portanto, o educador deve estar consciente de que este desejo existe em alguns jovens, principalmente aqueles com convicções religiosas mais rígidas. No entanto, como educadores, não podemos nos apoiar nesta suposição e negar a realidade acima apresentada. Diante deste contexto é imprescindível desenvolver no jovem a responsabilidade sexual, independente de quando ele irá viver sua primeira relação.
Para tanto é necessário que a escola abra o diálogo na sala de aula sobre o melhor momento para se ter a primeira relação sexual e invista em oficinas de prevenção de DST/Aids e gravidez na adolescência, identificando e trabalhando os medos e tabus que aumentam a vulnerabilidade dos alunos.
Nos próximos posts trarei sugestões de como trabalhar estes temas em sala de aula para que, juntos, possamos encontrar formas cada vez mais adequadas de lidar com a sexualidade de nossos alunos. Até lá!

Pb. j.silva



Nenhum comentário:

Postar um comentário

aguarde que em breve estaremos respondendo