INTRODUÇÃO
Dentre tantos males que
causam sofrimentos à humanidade, as doenças ocupam um lugar de destaque.
Milhares de pessoas no mundo,
inclusive cristãs, sofrem
por causa das
enfermidades. Apesar do
avanço da medicina
e da indústria farmacêutica, as
doenças e epidemias
crescem de forma
assustadora. Nesta lição
estudaremos sobre as
causas das enfermidades, as
principais doenças nos dias hodiernos e o que devemos fazer em meio a dor e ao
sofrimento.
I – A ORIGEM DAS DOENÇAS
A doença entrou no mundo em consequência do
pecado. No princípio não havia doenças nem dores (Gn 1.31). Mas, por causa
do pecado, o
homem tornou-se sofredor
e sujeito à
morte (Rm 6.23).
Embora a doença
física não seja
resultado direto do pecado (Jo 9.1-3), a Queda trouxe, indiretamente,
enfermidades e sofrimentos para toda a humanidade (Gn 3.17-19). Entretanto,
existe outras coisas que provocam a doença, além da queda do homem. Vejamos
algumas:
1.1 Quebra das leis da
natureza. Pode ocorrer pelo descuido nos
hábitos alimentares; pelo sono e repouso insuficiente; pela falta de higiene
pessoal; pelo uso exagerado de medicamentos, dietas inadequadas, dentre outras
(Lv 11.1-47; 15.1-5;18.19; 20.25).
1.2 Trabalho
Excessivo. O excesso de
esforço físico e
mental desgasta a
saúde. Em nossa
movimentada sociedade, é necessário
que tenhamos momentos
de descanso (Mc
6.30,31; I Rs
19.4,5; Ec 5.13),
a fim de
aliviar a pressão
psicológica, evitando estresse, estafas e outras doenças semelhantes.
1.3 Acidentes. Ferimentos
e acidentes também poderão resultar em problemas físicos e mentais (II Sm 4.4;
II Rs 1.2
1.4
Doenças Hereditárias. Certas doenças
são transmitidas às
crianças por seus
pais, tais como:
diabetes, AIDS, doenças cardiológicas etc.
Uma criança em
gestação sofrerá os
efeitos da má
nutrição, ou herdará
as doenças da mãe,
se esta não receber os devidos cuidados
pré-natais.
1.5 Doenças Espirituais.
Existem doenças de ordem espiritual, que não são, necessariamente, possessão
demoníaca, mas podem ser identificadas
como ações diabólicas, como ocorreu com o patriarca Jó (Jó 2.7) e uma mulher
que andava encurvada (Lc 13.11,12).
1.6 Participar
indignamente da Ceia
do Senhor. Uma pessoa
que participa indignamente
da santa ceia,
sem discernir o corpo do Senhor, está sujeita a várias
consequências, inclusive, enfermidades (I Co 11.27-30).
II – DOENÇAS
COMUNS NOS DIAS HODIERNOS
Algumas doenças que afligem à humanidade em
nossos dias, como: ansiedade, depressão, estresse, estafa, insônia,
gastrite, dentre outras,
são causadas, principalmente, por
questões emocionais, preocupação,
competitividade e excesso
de trabalho; ou por problemas emocionais, tais como: inveja, ira, mágoa
e ódio. Vejamos algumas dessas doenças:
2.1 Ansiedade.
Segundo Aurélio “É o
estado emocional angustiante
acompanhado de alterações
somáticas (cardíacas, respiratórias,
etc.), e em que se prevêem situações desagradáveis, reais ou não”. O termo
grego para ansiedade é merimna, e tem o sentido de “cuidado”. O verbo é
merimnaõ, significa “estar preocupado”, “estar cuidadoso”, “tomar
responsabilidade por alguém”. Jesus empregou este termo quando exortou a não
andarmos ansiosos: “Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à
vossa vida, pelo
que haveis de
comer ou pelo
que haveis de
beber; nem quanto
ao vosso corpo, pelo
que
haveis de vestir”. (Mt
6.25).
2.1.1 Por que não devemos estar ansiosos.
• Porque a vida é mais importante do que o
sustento (Mt 6.25);
• Porque Deus a tudo sustenta (Mt 6.26);
• Porque as nossas preocupações não podem mudar
a situação (Mt 6.27-30);
• Porque a nossa subsistência depende de Deus
(Mt 6.31,32);
• Porque as preocupações são nocivas (Mt
6.33,34).
2.2 Depressão.
O Dicionário Aurélio
diz que depressão
é o "ato de
deprimir-se; abatimento moral
ou físico;
letargia". É a sensação
de sentir desalento,
redução da vitalidade
funcional e emoção
desagradável. Os sinais
de depressão incluem tristeza, apatia, inércia, perda de
energia, fadiga, insônia, pessimismo e desespero, medo, e, frequentemente,
perda de apetite. As causas da depressão são diversas. Dentre elas, podemos
citar: ressentimento, mágoa, ira, e, principalmente, perdas.
2.2.1 Como evitar a
depressão. Enumeramos, pelos menos, três maneiras de evitar a depressão:
• Confiando em Deus. A confiança em Deus é o
melhor antídoto para evitar a depressão (Sl 20.7,8; 46.1-11; 121.1,2; 125.1);
• Entregando
o caminho ao
Senhor. A Palavra de
Deus nos assegura
que, se entregarmos
o nosso caminho
ao Senhor e confiarmos nEle, tudo
Ele fará (Sl 37.5). Deus trabalha para os que nele esperam (Is 64.4);
• Utilizando as armas Espirituais. Diante das
adversidades, devemos utilizar as nossas armas espirituais (II Co 10.4), tais
como: a fé (Mt 17.20; 21.21; Hb 11.1,6; I Jo 5.4); e a oração (I Sm 1.12; At
12.5; Tg 5.17; Rm 12.12).
III - O QUE
FAZER EM MEIO AO SOFRIMENTO
A Bíblia registra diversos casos de servos de
Deus que adoeceram, como o rei Ezequias (II Rs 20.1; Is 38.1); o profetaDaniel
(Dn 8.27); e alguns companheiros do apóstolo Paulo, tais como: Epafrodito (Fp
2.25-27), Timóteo (I Tm 5.23) e Trófimo
(II Tm 4.20). Estes e outros exemplos nos revelam que não estamos isentos de
enfermidades. Mas, o que devemos fazer em meio às doenças?
3.1 Reconhecer que Deus não é o culpado pelas doenças
e sofrimento humano:
• Deus
criou todas as coisas boas e perfeitas (Gn 1.31; Ec 7.29);
• O Sofrimento é resultado do pecado original
(Gn 3. 13-19; Rm 5.12; 3.23; 8.20);
• O homem deve queixar-se dos seus próprios
pecados (Lm 3.39).
3.2 Crer na cura divina:
• O
Senhor Deus revelou-se no AT Como o Senhor que sara (Ex 15.26; Sl 103.3; Jr
33.6);
• Vários textos do AT fazem menção à Cura
Divina: (Dt 32.39; Jó 5.18; Sl 103.3; 107.20; Is 53.4,5; Jr 33.6);
• Jesus dedicou grande parte do seu ministério
à cura de enfermidades (Mt 4.23; 9.35; Mc 1.34; Lc 7.21);
• O livro de Atos dos Apóstolos registra
diversos milagres operados através dos apóstolos (At 2.42; 3.1; 8.6,7; 19.11,12 );
• A cura divina foi ensinada nas Epístolas (I Co 12.9; Tg 5.14).
3.3 Saber que existe diversas maneiras de se receber a
cura divina:
• A
oração da própria pessoa (Is 38.1-5);
• A oração de outrem (Nm 12.13; At 9.32-35; At
28.8);
• A unção com óleo (Tg 5.14,15; Mc 6.12,13);
• A autoridade do nome de Jesus (Mc 16.17,18;
At 3.6);
• Os Dons de curar (I Co 12.9).
3.4 Saber o que pode impedir a cura divina:
• Falta
de fé. A falta de fé é uma das causas pelas quais muitas pessoas não são
curadas (Mt 8.10; Tg 1.6,7);
• Pecado oculto. Outra razão que impede que
algumas pessoas sejam curadas é o pecado oculto (Pv 28.13; Tg 5.16);
• Propósito divino: Não podemos negar esta
realidade: nem todos são curados (Jo 5.1-15; II Tm 4.20; I Tm 5.23; Fp
2.25-27).
3.5 Reconhecer que, se o Senhor não curar, Ele dará
graça para o crente suportar:
• O
patriarca Jó foi ferido por uma chaga maligna, mas Deus jamais o abandonou (Jó
2.7,8);
• O Senhor Jesus disse ao apóstolo Paulo: “...
a minha graça me basta” (I Co 12.6-8);
• O mendigo Lázaro
vivia cheio de chagas
(Lc 16.20). Não
resta dúvidas que
o Senhor lhe
deu graças para suportar, pois, ele não abandonou a fé,
apesar de sua enfermidade (Lc 16.22).
CONCLUSÃO
Enquanto estivermos
neste mundo estamos
sujeitos ao sofrimento
e às enfermidades,
inclusive, as doenças
que afligem o nosso
século, tais como:
ansiedade e depressão.
No entanto, a
Palavra de Deus
nos ensina que, em
meio ao sofrimento, devemos
reconhecer que Deus não é o culpado pelo sofrimento, crer na cura divina, e
saber que, se o Senhor não nos curar, dará graça para que possamos suportar a
dor e o sofrimento.
http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/cod/217
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