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Casado,esposa SUELI Tenho 3 maravilhosos filhos. Sirvo ao Senhor, como Presbitero, na Igreja Evangélica Assembléia de Deus em LUCILA TOLEDO, Maceió Alagoas.

domingo, 8 de julho de 2012

LIÇÃO 01 – NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES


LIÇÃO 01 – NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES

 INTRODUÇÃO 

 A queda e a degeneração da raça humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento (Gn 3. 13-19). Através da história, as pessoas vem lutando contra  uma aparente contradição: Se Deus é absolutamente bom, então por que o mal existe? Se Deus é tanto “Bom” como “Poderoso”, Ele não permitiria que o mal e o sofrimento existissem em sua Criação. Então, ou Deus não é “Bom” (e por isso tolera o mal) ou não é “Poderoso” (e por isso não pode livra-nos do mal, mesmo que queira). Esse visível problema de séculos de história é chamado na Teologia e na Filosofia de Teodicéia, palavra  derivada  do  grego  “Theos  (Deus)  +  Dikes  (Justiça)”  que  significa “A  justiça  de  Deus”, ideia  que  gerou  a discussão do “Posicionamento teológico e filosófico para justificar a bondade de Deus em vista da existência do mal no mundo”. Este será o assunto que permeará  a primeira lição como também todo este trimestre. 

 I –  QUAL A DEFINIÇÃO DE AFLIÇÃO?
 A palavra aflição no grego é “Kakoucheõ” que significa: “sofrer infortúnio, ser maltratado” (Hb 11.25; 11.37; 13.3) e a  palavra “Kakopatheõ”  que  quer  dizer:  “sofrimento,  adversidade,  padecer”  (2Tm  1.8;  2.9;  4.5;  Tg  5.13).  A  palavra “Kakopatheia” também poder ser definida como: “aflição, maltrato, angústia” (At 7.34; Rm 8.18; 1Pe 1.11; 5.1; Hb 2.9; 2Co 1.5; Fp 3.10; 1Pe 4.13; 5.1). O Mestre amado falou sobre isso quando disse: “[...]no mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo[...]” (Jo 16.33-c).

1.1. O justo e o ímpio sofrem igualmente. A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores  e  sofrimentos  nesta  vida  (Jo  16.33;  2Tm  3.12;  Sl  34.19).  Podemos  perceber  esta  verdade  nas  palavras  de  Jesus: “Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Também nas palavras do sábio Salomão: “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento” (Ec 9.2). 

II – QUAL  A ORIGEM DO MAL? 

 Durante  muito  tempo  se  procurou  respostas  a  seguinte  pergunta:  O  Deus  absolutamente  BOM  não  poderia  ter criado o MAL. Então, de onde veio o mal? Podemos responder da seguinte forma:
•  Deus é ABSOLUTAMENTE perfeito (Sl 145.17; Mt 19.17; Mc 10.8; Lc 18.19);
•  Deus criou apenas criaturas PERFEITAS ( Gn 1.31; Ec 7.29 );
•  Deus concedeu o LIVRE-ARBÍTRIO a suas criaturas (Dt 30.11-20; Ec 12.14; Mt 7.13-14; Lc 13.24; Hb 11.24-25 );
•  Algumas dessas criaturas ESCOLHERAM LIVREMENTE FAZER O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7 );
•  Portanto, UMA CRIATURA PERFEITA, E NÃO DEUS, CAUSOU O MAL (Gn 3. 13-19; Is 14.12-16; Ez 28.4-7 ). 

III – QUEM CRIOU O MAL? 

Se  existe um Deus Todo  Poderoso  e cheio da amor, que conhece todas as coisas, por que  Ele permite que  tanta agonia  e  sofrimentos  existam  no  mundo?  Esta  é  uma  das  muitas  perguntas  que  perturbam  a  humanidade.  A  experiência humana tem atestado universalmente a realidade do mal. A face sombria da realidade mostra-se concretamente por meio da dor,  da  morte,  da  angústia  da  injustiça,  de  epidemias,  da  fome,  de  guerras  injustas,  da  opressão  política,  e  da  morte  de inocentes.  Tudo  isso  são  algumas  das  manifestações específicas  do  que  é  normalmente  chamado  de  MAL.  A Bíblia  é  o único livro que tem condições de responder a essa pergunta. Vejamos:

•  O Sofrimento é fruto diretamente do pecado (Gn 3. 13-19; Rm 5.12; 3.23; 8.20);
•  Deus não é o culpado pelo sofrimento do povo. (Pv 26.2; Lm 1.8,9,14,18,20,22);
•  Existe a Lei da semeadura (Gn 37.20-28; 42.21-22; 2Sm 16.22; Mt 7.1-2; 2Tm 3.13; Gl 6.7-8; 2Co 9.6; Mt 6.19-20;
Tg 5.24; Ec 8.11-13; Os 5.7-8; 10.13; Pv 22.8; Jó 4.8; Et 3.6,8,9; 5.14; 10.8);
•  Tudo que Deus criou era bom (Gn 1.31; Ec 7.29); 
•  A situação trágica de Judá foi causa dos seus próprios pecados. (Jr 26.7-11,16; Lm 4.13; Jr 42.14; Lm 4.17);
•  O homem queixa-se dos seus próprios pecados. (Gn 50.20; Lm 3.39; Pv 19.3; Mq 7.9). 

III –  POR QUE OS JUSTOS SOFREM? 

 Orlando Boyer define sofrimento por: “Padecimento, dor, amargura” (BOYER, 2008, p. 712). No grego é a palavra  “Pathema” que significa: “Aflição” (2Tm 3.11; Hb 10.32; 1Pe 5.9;) e pode ser também a palavra “Paschõ” que quer dizer: “Sofrer” (Mt 16.21; 17.12; 1Pe 2.23; Hb 9.26; 13.12; 1Pe 2.21; 3.18; 4.1).  A Bíblia nos mostra que a origem dos sofrimentos reside  no  primeiro  ato  de  desobediência  contra  Deus  (Gn  3.  13-19).  São  diversas  as  razões  por  que  os  crentes  sofrem.

Vejamos algumas: 

•  Pela decorrência da herança do pecado de Adão e Eva (Gn 3.16-19; Gn 25.21-34; Rm 5.12; 8.20-23; 2Pe 3.10-
13);
•  Pelos seus atos (Sl 42.7; Jó 34.11; Jr 17.10; Pv 6.27; Mt 16.17; 1Co 3.8; 2Co 5.10; Gl 6.7; Rm 2.6; Ap 2.23);
•  Por habitar num mundo pecaminoso e corrompido (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8);
•  Por correção de Deus (Is 26.16; Jó 5.17; Pv 3.11-12; Sl 119.67, 71; Hb 12.6-8; 1Co 11.31-32; Ap 3.19);                           
•  Por enfrentar ataques do inimigo (Jó 1.12; 2.6; Mt 5.10-11; 1Pe 5.8-9; 1Jo 5.19; Ef 6.12; Gl 1.4; 2Tm 4.6,8);
•  Por ter a natureza de Cristo (Mt 16.24; Jo 17.14; 1Co 2.16; 2Co 4.8; 2Tm 3.12; 1Pe 2.21; Lc 19.41; 2Co 11.23-32);
•  Por perseguição religiosa (Mt 5.10-12; Mt 10.22; 24.9; Jo 15.19; At 5.41; 2Tm 2.11-13; 1Pe 4.12-14; Ap 3.1-4);
•  Por “provação” da  fé (Dt 8.3; Jó 19.25-27; Sl 23.4; Is 43.2; Rm 5.3-5; 1Co 10.13; 2Co 1.4; 12.9; Tg 1.3; 1Pe 1.7). 

IV –  QUAIS OS EXEMPLOS DE ALGUNS JUSTOS QUE SOFRERAM POR PERMISSÃO DE DEUS?

Há  quem  diga  que  as  feridas  abertas  em  nossas  almas,  são  portas  por  onde  Deus  opera.  Muitos  sofrimentos  que enfrentamos aqui nesta vida, têm como finalidade a manifestação do poder da glória de Deus. O Senhor NUNCA falou que  “nos  livraria  DA  fornalha,  mas  sim  NA  fornalha”.  Existem  alguns  exemplos  na  Bíblia  de  justos  que  sofreram  por permissão de Deus para um propósito determinado. Analisemos alguns destes exemplos: 

•  José o governador do Egito (Gn 37-45);
•  O profeta Daniel na cova dos leões (Dn 6.1-28);
•  Os companheiros de Daniel na fornalha de fogo ardente (Dn 3.28-30);  
•  O salmista (Sl 119.67, 71);
•  O patriarca Jó (Jó 42.117);
•  O homem cego de nascença. (Jo 9.1-38);
•  Lázaro, o amigo de Jesus.(Jo 11.1-45);
•  O mártir Estêvão (At 7.55-60; 1Pe 4.14; 2Co 12.9; Tg 4.6; 1Pe 2.20);
•  O apóstolo Paulo (2Co 4.8-9; 11.16-33; Fp 3.7-11);
•  O apóstolo Pedro (1Pe 2.20);
•  O próprio Jesus (Is 53.1-12; Jo 15.18-21; Mc 15.3-5; Lc 23.9; Jo 19.9; At 8.32-33; 1Pe 2.20-24; Ap 5.6).

V – COMO O JUSTO DEVE ENCARAR O SOFRIMENTO? 

Se  conhecêssemos  como  Deus  conhece  as  glórias  ocultas  que  ele  tem  para  cada  um  de  nós  na  vida  futura, saudaríamos  com  alegria  por  cada  quebrantamento  e  prova,  e  o  agradeceríamos  por  tudo!  Deus  é  o  melhor professor  Primeiro  dá  a  prova  e  depois  a  bênção  (Tg.  1.2-4). Como  devemos  encarar  o  sofrimento  mesmo  em  tempos  de  crises?
Vejamos alguns exemplos: 
 •  Tendo Esperança (Jr 17.7-8; Is 64.4; Jó 13.15; Pv 14.32; Lm 3.18-22, 26;  Nm 13.14; Fl 4.13; Rm 8.24-25; 37).
•  Tendo alegria (Jo 16.20-21; Mt 5.11-12; 1Pe 4.13; Rm 8.28; Gl 6.17; Fl 1.29; Cl 1.24); 
•  Através da Fé (Jó 42.5; 1Jo 5.4; Ef 6.10-18; Hb 11.1, 6, 33-38);
•  Em oração (Sl 55.17; Dn 6.10; Lc 3.21-22; 4.1-13; 5.15-16; 6.12; 9.18-29; Hb 5.7; At 2.42; Ef 6.18; Fl 4.6);
•  Enfrentando as “fraquezas” da vida (Pv 24.10; Ap 3.10); 
•  Enfrentando o luto (2Sm 12.18-20; Jó 1.20-21);
•  Enfrentando as enfermidades (Is 38.9-22);
•  Enfrentando as necessidades (Hc 3.17-19);
•  Enfrentando as perseguições (Mt 5.10-11; At 7.55-60; 20.24-25);
•  Enfrentando as angústias (Sl 50.15; 1Co 11 16-31).

CONCLUSÃO 

 Podemos  concluir  com  as  palavras  do  Mestre  amado: “Eu  conheço  as  tuas  obras” (Ap  2.9). Lembremo-nos  do profeta messiânico: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti” (Is 43.2). “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR,  o  Criador  dos  fins  da  terra,  nem  se  cansa  nem  se  fatiga?  É  inescrutável  o  seu  entendimento. Dá  força  ao cansado,  e  multiplica  as  forças  ao  que  não  tem  nenhum  vigor. Os  jovens  se  cansarão  e  se  fatigarão,  e  os  moços certamente cairão; Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se  cansarão;  caminharão,  e  não  se  fatigarão  (Is  40.  28-31).  E  do  salmista  quando  falou:  “DEUS  é  o  nosso  refúgio  e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1). 


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