Quem sou eu
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- Pb.j.silva
- Maceió, Alagoas, Brazil
- Casado,esposa SUELI Tenho 3 maravilhosos filhos. Sirvo ao Senhor, como Presbitero, na Igreja Evangélica Assembléia de Deus em LUCILA TOLEDO, Maceió Alagoas.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
LIÇÃO 07 – A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR
LIÇÃO 07 – A DIVISÃO ESPIRITUAL NO LAR
INTRODUÇÃO
O casamento é uma instituição divina, cujo modelo foi estabelecido por Deus no Éden. Nesta lição, veremos qual o
plano de Deus para a união conjugal; observaremos também qual a perspectiva de Paulo para o casal composto de um
cônjuge crente e um não crente; veremos ainda qual deve ser a atitude da mulher cristã para com o seu marido não crente; e,
por fim, destacaremos o que pode edificar ou destruir um lar, segundo o sábio Salomão.
I - CASAMENTO, UMA INSTITUIÇÃO DIVINA
O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a
cultura, tradição, povo ou nação. É uma instituiçãodivina (Gn 1.27-31; Mc 10.6-9). A família começa com o casamento (Gn
1.28). Quando Deus criou Adão e Eva, ele revelou seuplano para o casamento:
1.1 Heterossexual. O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, ou seja, entre um macho e uma
fêmea. Qualquer união sexual fora desse padrão se constitui violência ao projeto original divino: “E criou Deus o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulheros criou” (Gn 1.27).
1.2 Monossomático.Adão e Eva poderiam ser considerados não apenas umcorpo, mas como duas almas e espíritos unidos
pelos laços conjugais. Este é mais um mistério do casamento “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”(Gn 1.24).
1.3 União indissolúvel.No projeto de Deus, o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para separar o que Deus
uniu. “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”(Mt 19.6).
1.4 União monogâmica. A monogamia é o padrão divino para o casamento. Monogamia, é o sistema de constituição familiar
pelo qual o homem tem uma só mulher e a mulher um só marido “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem
esteja só; far-lhe-ei uma ajudadoraidônea para ele”(Gn 1.18).
II – A PERSPECTIVA PAULINA PARA O CASAMENTO CRISTÃO
O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos crentesque estavam em Corinto, advertiu os solteiros e viúvos, que só
deveriam se casar com alguém que professasse a mesma fé, isto é, o casamento do crente deve ser no Senhor(I Co 7.39).
No entanto, o apóstolo abrange também as pessoas quesão casadas e, depois do casamento, um dos cônjuges se converte
ao Evangelho e o outro não. As “regras” são diferentes quando somente um cônjuge é cristão. Para este caso Paulo usa a
expressão “...digo eu, não o Senhor...” a fim de referir-se a esta situação específica do casamentoque não se trata de uma
mera opinião do apóstolo, antes, porém, está declarando que não tem uma citação de Jesus por meio da qual ele pudesse
apoiar o seu ensino. Todavia, o que ele passa a escrever, procede de quem tem autoridade apostólica, sob a inspiração divina
(I Co 7.25, 40; 14.37). Para este caso, ele dá o seguinte parecer:
2.1 Se o(a) cônjuge descrente consente morar, não odeixe. Ser crente não muda a aliança do casamento, que é
indissolúvel (Mt 19.6; Rm 7.2; I Co 7.39). A ordem de Paulo segue o padrão divino para o casamento (Gn 2.24). Portanto, o
crente, seja o marido ou a mulher, não tem o direito de iniciar um divórcio em tais casos. O membro cristão deve continuar
vivendo em fidelidade amorosa ao cônjuge descrente,contanto que o descrente mostre boa vontade em continuar com o
casamento “Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar
com ele, NÃO A DEIXE. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, NÃO O DEIXE”
(I Co 7.12,13).
2.2 O cônjuge descrente é santificado pelo esposo(a). O apóstolo ainda deixa claro que continuar na relação do casamento
com um cônjuge descrente não contamina o crente. Pelo contrário, a fé do crente em Jesus tem uma influência santificadora
na relação “Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido”(I Co
7.14). O crente já está santificado, pois é um santo separado por Deus e para Deus e o descrente participa dessa santificação,
mas não em sentido de salvação. Ou seja, o cônjuge não crente não será salvo por que sua esposa é crente, mas ele
poderá ser salvo por meio da esposa, pois ela pode ser o canalatravés do qual ele venha a ser redimido (I Co 7.16). Esse
texto, bem como (At 16.31), não deve ser visto comouma promessa, e sim como uma possibilidade.
2.3 Os filhos são santos. Segundo Paulo, a santificação do crente estende-se igualmente aos filhos do casamento, eles são
“santos”, não “imundos” (I Co 7.14). Ou seja, a influência santificadora do pai ou da mãe crente torna os filhos santos no
sentido de pertencerem ao Senhor e poderem ser conduzidos à sua presença para serem abençoados. Podemos ver
claramente este exemplo na vida de Timóteo que possuia uma mãe judia, porém seu pai era grego (At 16.1). Eunice, a mãe de
Timóteo, contribuiu muito na formação moral e espiritual de seu filho (II Tm 1.5; 3.15), de modo que as pessoas de sua cidade
lhe davam bom testemunho (At 16.2), além de ter se tornado um bom obreiro, que auxiliou Paulo no desenvolvimento da obra
de Deus (Rm 16.1).
III – COMO AGIR COM O CÔNJUGE NÃO CRENTE
É notório que nem todo cônjuge não crente aceita debom grado a conversão da esposa. Muitas vezes existe
resistência, perseguição, sofrimentos e angústia dentro do lar. Isto fora profetizado por Jesus (Mt 10.34). O apóstolo Pedro
aconselhou de forma detalhada às esposas crentes (IPe 3.1). Subentende-se que as mulheres eram bem mais numerosas que
os homens nas igrejas às quais ele deu estas instruções. Isso nos parece bem atual. Por isso, nessa epístola, o apóstolo deixa
claro que não desejava que as mulheres cristãs fizessem de sua fé cristã um motivo para interromperem o seu estado
matrimonial. Antes que usassem-na para firmarem mais ainda o seu lar, tornando-o cristão. Vejamos as orientações do servo
de Deus detalhadamente:
3.1 “...sede sujeitas”. A expressão em destaque no grego é “hupotassõ”que quer dizer: “submeter-se; obedecer”. O
apóstolo Pedro está exortando as mulheres cristãs que se submetam ao seu próprio marido. Tal recomendação fora feita
também pelo apóstolo Paulo (Ef 5.22; Cl 3.18). Deve-se entender que Deus estabeleceu a família como unidade básica da
sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus atribuiu ao marido a responsabilidadede ser cabeça da
esposa e da família (Ef 5.23). Esta sujeição quer dizer também que a mulher deve cumprir o seu dever para com o esposo,
como por exemplo: amando-o (Tt 2.4), respeitando-o (Ef 5.33), ajudando-o (Gn 2.18), vivendo de forma pura (Tt 2.5), com um
espírito manso e quieto (I Pe 3.4), sendo uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (I Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5).
3.2 “...pelo procedimentode sua mulher”. Certo pensador já dizia: “As palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”.
De fato, nada impressiona mais o não crente que ver a transformação na vida de uma pessoa. Muito mais ainda se tratando da
sua esposa. Se antes de Cristo a mulher era insubmissa, e, por isso, vivia em constantes brigas com seumarido não crente,
após a conversão sua atitude deverá ser diferente (II Co 5.17), o que por certo resultará no louvor a Deus pelas obras que
evidenciam sua salvação (Mt 5.16). Se antes de Cristo o casal discutia, agora, em Cristo, a mulher procura não revidar, pois
aprendeu com Cristo a pagar o mal com o bem (Rm 12.21). Se o marido resiste ouvir o evangelho, ele não deixará de ver o
testemunho vivido na prática por sua esposa, o que poderá resultar na sua conversão “...para que também, se alguns não
obedecem à palavra, pelo procedimento de suas mulher seja ganho sem palavra”(I Pe 3.1).
3.3 “Considerando a vossa vida casta (honesta), em temor”. O termo honesto no grego “kalos”quer dizer: “algo bom,
admirável, conveniente, decoroso, justo, honrável”.Pedro destaca que a mulher crente deve estar livredas influências imorais
e corruptas do paganismo, incluindo os pecados e osdesvios sexuais, mas, também, qualquer contato comas maneiras do
viver com os excessos de várias modalidades (I Pe 4.2-4). Portanto, neste presente século onde há tanta promiscuidade e
infidelidade conjugal, o cristão casado deve mostrar-se santo e fiel ao compromisso que assumiu com seu cônjuge, honrando-o
diante de Deus e dos homens, ornando a doutrina na qual foi instruído (Tt 2.10).
IV – EDIFICANDO OU DESTRUINDO O LAR
O ser humano tem a capacidade de pensar e de agir, tendo como única motivação a sua vontade - isto é livre arbítrio.
Portanto, devemos estar cientes de que nossas atitudes podem gerar efeitos positivos, se foram tomadascom sabedoria; e
negativos, se foram feitas com imprudência. O sábioSalomão aplicou essa realidade a construção do larquando asseverou:
“Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola aderruba com as próprias mãos”.(Pv 14.1)
4.1 A mulher sábia edifica. O verbo em destaque no hebraico é “bãnãh”que significa “construir, fundar, estabelecer”. Isso
indica que assim como precisamos investir trabalho,esforço e dedicação na construção de uma casa, semelhantemente na
construção de um lar; mas, devemos construir com sabedoria. O termo “sábio” do hebraico “kãhãm”quer dizer “dotado, hábil”.
Quem é casado com o cônjuge não crente deve pedir aDeus para lhe dotar de sabedoria (Tg 1.5), a fim de que possa edificar
o seu lar (Pv 31.10-31).
4.2 A mulher tola destrói. A expressão “destruir” no hebraico “shahat” significa: “corromper, deteriorar, arruinar, desfazer”.
Se o cristão não for cauteloso, corre o risco de ver o seu lar ser arruinado. Por exemplo, há algumas pessoas que usam como
pretexto a obra do Senhor para esquivarem-se de seus compromissos com a sua casa, deixando de dar a devida assistência a
sua família, dando ocasião para que o inimigo venhadestruir seu casamento (I Co 7.33,34). O termo “tola” do hebraico “kesil”
quer dizer “insensata”, ou seja, “falta de senso”. Quando o cônjuge é insensato, trás prejuízo para sie para seu lar. Daí o sábio
Salomão dizer que “a mulher tola a derruba com as próprias mãos”.
CONCLUSÃO
Concluímos dizendo que Deus não quer que a pessoa após converter-se se divorcie, porque seu cônjuge não é crente
(I Co 7.10), pelo contrário, se o marido ou a mulherdescrente consente em habitar com seu cônjuge, dizPaulo que devem
permanecer juntos (I Co 7.12). Portanto, quem vive nessa condição, deve buscar de Deus sabedoria para que possa
administrar com bom senso o seu lar e o seu casamento, a fim de que possa permanecer casado e seu esposo ou sua esposa,
seja juntamente com seus filhos conduzidos a Cristo.
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